As micaretas coxinhas se iniciaram na reta final das jornadas de junho de 2013 e se reorganizaram no final da campanha do ano passado. As camisetas amarelas da CBF/Nike, o discurso histérico contra o "comunismo bolivariano" e as clássicas faixas chamando o bolsa família de "bolsa esmola" já se destacavam nas passeatas de 2013 e, em Copacabana, na campanha de Aécio Neves.
Foi destacadamente em torno da campanha do play boy que a direita e os leitores da Veja se uniram. Uma agenda clássica neoliberal, repleta de preconceitos chulos contra as recentes conquistas dos trabalhadores e das minorias e dominada por um discurso seletivo e hipócrita "anti-corrupção".
O fracasso da direita na eleição, o posicionamento de não aceitação da derrota por parte de Aécio somados ao ajuste fiscal de Levy e aos vacilos de Dilma fizeram do Brasil em 2015 um país em litígio e puseram a democracia em risco.
Os coxinhas produziram micaretas gigantescas em março e abril, criaram movimentos na internet, foram adotados por figuras como Ronaldo Caiado, Agripino Maia, Bolsonaro, Aécio e pelo PSDB e DEM. Todos berrando "contra a corrupção" e tendo como herói o juiz que veste preto.
Tudo corria às mil maravilhas. O Congresso eleito em 2014 totalmente dominado pelos interesses financeiros e subdividido na bancada BBB (boi, bala e bíblia) avançava sobre os direitos trabalhistas, sociais e individuais. A grana empresarial era constitucionalizada e tudo parecia caminhar para um golpe paraguaio que colocaria o candidato derrotado no lugar da candidata vencedora para fazer o serviço sujo, ou seja, como disse o próprio play boy na campanha: "adotar medidas duras".
Mas eis que tudo começa a mudar. A aposta em Eduardo Cunha começa a fazer água. Coxinhas da internet, tucanos, demos, Globo e tutti quanti deram-se um incrível abraço de afogados.
Tudo começou quando o STF deu um basta na agenda golpista e se consolidou quando Cunha resolveu mexer com as mulheres.
O grito "Fora Cunha" e a mobilização das mulheres conseguiram o que nem a Frente Brasil Popular, o movimento sindical e o MP suíço conseguiram: isolar a direita e fazer a população pensar. O grito "Fora Cunha" entoado pelas mulheres e pela juventude fez efeito. Um bando de corruptos tentando negar o direito das mulheres vitimizadas em ter atendimento de saúde alegando uma fé tosca foi a gota d'água.
Vivam as mulheres!
As micaretas coxinhas foram reduzidas a pó, o PSDB recuou do "quanto pior, melhor" por pesquisas que mostram rejeição popular ao golpismo e Cunha está à beira da cassação.
A situação não é boa, mas Dilma tem mais uma vez a chance de reiniciar um governo à altura da população que a elegeu. A agenda do governo não pode ser a agenda da direita, a agenda da Globo. A agenda deve ser aquela que o povo brasileiro escolheu com Lula e reelegeu 4 vezes seguidas. O STF tem dado mostras de que garantirá as bases da democracia. Em frente!
O retorno ao neoliberalismo é coisa de tucano, que governam seus Estados com olho no retrovisor e reprimindo os movimentos sociais. Governo petista tem de ser progressista, trabalhista.
Dilma, agradeça sua chance à combatividade da mulher e da juventude brasileira.
Ricardo Jimenez
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