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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Após o golpe, 15 milhões de desempregados, retirada dos direitos e compra de votos na Câmara, vem aí o aumento de impostos!


Em 2015, já enfrentando uma série de manifestações lideradas por grupos pró-impeachment, transmitidas ao vivo na Globo e repletas de eleitores de Aécio Neves, Dilma propôs a adoção de uma CPMF de 0,2% exclusiva para a saúde.

A medida era uma alternativa encontrada pelo governo legítimo de Dilma para enfrentar a crise sem a necessidade de se cortar programas sociais e verbas na saúde e educação.

A resposta foi a entrada da FIESP no movimento pró-impeachment, encabeçada pelo pato e por seu presidente, o ex-candidato a governador de São Paulo pelo PMDB Paulo Skaf.


Naquele momento, o cerco ao governo Dilma se fechava. Globo e Lava Jato agiam em conjunto fortalecendo os movimentos de rua, já fortalecidos pelo pato da FIESP; Aécio e Cunha operavam juntos boicotando as ações de Dilma no Congresso; Temer montava seu governo conspirando abertamente contra Dilma; o STF mantinha sua omissão clássica mantendo Cunha como Presidente da Câmara.

O resultado todos sabem: Dilma foi deposta por um golpe de um impeachment sem provas e o governo Temer é constituído de uma aliança estratégica entre PMDB e PSDB para a implantação do programa batizado de 'ponte para o futuro'.

Diziam todos eles, os golpistas, que a saída de Dilma e a entrada de Temer resolveria tudo.

O STF aceitou calado um impeachment sem crime de responsabilidade, as manobras de Cunha na Câmara e todos os desmandos da Lava Jato contra o PT, Dilma e Lula.

O país foi mergulhado na maior crise política e econômica de sua história. Um governo atolado em denúncias se mostrou incapaz de conduzir o país ao equilíbrio. A democracia foi maculada.

E aí, hoje, após 15 milhões de desempregados, a entrega do pré sal, o fim da CLT, os cortes brutais em saúde e educação, a indústria nacional destruída, o menor investimento em uma década e gastos de 15 bilhões para comprar votos na Câmara, o governo Temer realiza um aumento de impostos!

O aumento recai sobre combustíveis, com uma arrecadação prevista de 10 bilhões. E vem mais por aí.

Porém, enquanto os 0,2% da CPMF da Dilma recairiam progressivamente sobre os mais ricos e aqueles que vivem da renda dos juros do mercado financeiro, o aumento de Temer impacta o setor produtivo e a classe trabalhadora.

Portanto, esqueçam o pato e os 'indignados' de verde e amarelo, pois o negócio deles não era nem combater a corrupção e nem protestar contra 'impostos', o negócio deles era proteger a eles mesmos.

Ricardo Jimenez

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