Foto: Brasil 247
O golpe contra o mandato da Presidenta Dilma foi arquitetado e executado por um conluio golpista que agora se reorganiza.
Teve a grande mídia em aliança com a Lava Jato buscando fustigar o PT e Lula. Teve o grupo político ligado a Temer, Cunha e Aécio buscando restringir a Lava Jato somente contra o PT. E teve a articulação da Casa Grande, dos interesses do capital, em derrubar um governo de cunho trabalhista e social para restabelecer a agenda neoliberal.
Certamente que os interesses do grande capital representa a parte mais forte e influente dentro do conluio golpista. E a turma de Temer, Cunha e Aécio a parte mais frágil, moralmente comprometida nos escândalos de corrupção.
A destruição dos aliados de Temer, incluindo Cunha e Gedel, e o desmascaramento da hipocrisia de Aécio, forçaram a Casa Grande a apelar para o plano B: derrubar Temer para seguir com as reformas, principalmente a trabalhista e a previdenciária, além da entrega do pré sal.
A resistência de Temer, ainda defendido por uma parte da Casa Grande, parece ter chegado ao fim.
A provável delação de Cunha e a também provável aceitação da denúncia do MPF pela Câmara colocam o governo Temer, desmoralizado dentro e fora do Brasil como algo morto prestes a ser enterrado.
A aceitação da denúncia afasta Temer por 6 meses e coloca Rodrigo Maia, Presidente da Câmara, no cargo.
Rodrigo Maia já se movimenta como Presidente. Fecha acordos com o setor financeiro, promete manter Henrique Meirelles na Fazenda e já promete as reformas.
O PSDB já está pronto para deixar o barco de Temer e subir no barco de Maia.
É o golpe dentro do golpe se desenhando.
Cabe agora ao setor do campo popular continuar buscando o diálogo com a população e as articulações por uma unidade de resistência à agenda neoliberal, ao combate ao governo Maia, que se avizinha, e pela construção de um projeto que se contraponha ao projeto neoliberal e que aglutine as forças do campo popular com vistas a 2018.
Ricardo Jimenez
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