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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

A ditadura do Judiciário avança, sob controle direto da mídia hegemônica!

Conexão Jornalismo

A ditadura do Judiciário, que é a ditadura da grande mídia e das forças neoliberais, avança no Brasil do golpe!

Vivemos um momento muito complicado no Brasil.

Aloja-se no poder central o grupo fisiológico da política nacional que ocupa seus espaços de poder desde o governo Sarney.

De penduricalhos, passaram a mandatários a partir do golpe de 2016, quando derrubaram uma Presidente honesta a partir de um impeachment sem provas.


Foi a forma que as elites econômicas e interesses estrangeiros encontraram de apear o PT e o campo popular do poder sem passar pelas urnas.

Apesar da aliança com o PSDB, a verdadeira correia de transmissão dos interesses do golpismo, ter Temer e o Centrão de Eduardo Cunha no poder central não agrada ao restante da turma do golpe: a grande mídia (verdadeira defensora dos interesses estrangeiros e do rentismo) e os setores do aparelho de Estado voltados a aplicar no Brasil uma pauta de rebaixamento da política tradicional e elevação de um Estado policialesco cujos direitos individuais sejam relativizados conforme a necessidade.

Temer e o Centrão estão em disputa aberta com a grande mídia e os setores policialescos-judiciais para comandarem a continuidade do golpe.

E os setores midiáticos-policialescos-judiciais estão em vantagem.

A decisão da Presidente do STF de derrubar o indulto natalino decretado por Temer foi totalmente pautada na mídia!

Sabemos que Temer o fez para agradar sua turma que se encontra presa (mesmo que em tese seja algo positivo e que aponta para o tão necessário desencarceramento da população brasileira), mas a decisão de Carmen Lúcia diminui os poderes expressos da Presidência da República e fortalece o grupo que deseja um Estado autoritário em detrimento da política tradicional.

Mas precisamos concordar que este é um assunto espinhoso, pois como defender isso sem passar a imagem de que se defende Temer?

Bem. Deixemos Temer e Gilmar Mendes (que também compra briga dentro do golpismo por interesses de grupo) de lado e vamos debater o campo popular e democrático dentro dessa mesma perspectiva de fortalecimento do Judiciário, apoiado na mídia, diante da política tradicional.

Apesar da liderança de Lula nas pesquisas e das tentativas de mobilização popular nas caravanas e na defesa do ex-Presidente das perseguições que sofre, quem determina a pauta nacional é o grupo da grande mídia aliada aos setores do aparelho estatal.

Hoje tudo pode para o grupo mídia-polícia-judiciário: antecipar julgamentos, interferir na política energética, conduções coercitivas ilegais, grampear a Presidência da República e vazar os áudios na mídia amiga, impedir manifestações populares!

Tudo isso sob as barbas de um STF totalmente pautado pela grande mídia e por um movimento moralista e seletivo que a mídia recria toda vez que pretende colaborar com um golpe no país e que divulga uma pauta mentirosa de 'combate à corrupção' que ganha força no povo.

O próximo passo do arbítrio será no dia 24 de janeiro próximo quando a segunda instância do Judiciário decretará a condenação de Lula determinando, no tapetão, sua exclusão das eleições de 2018.

Vejamos bem. O Judiciário vai retirar a maior liderança política do país, e que lidera as intenções de votos com 45%, da disputa eleitoral e ainda por cima vai buscar reforçar a imagem de Moro como o 'xerife' do Brasil, reforçando ainda mais o poder do arbítrio sobre o jogo da democracia.

A grande questão é que as forças neoliberais operam tanto ao lado de Temer e do Centrão quanto ao lado do setor midiático-policialesco-judicial. E a vitória desse segundo campo será ainda melhor para as forças neoliberais, que hoje têm muito interesse em diminuir e relativizar a democracia dentro dos Estados nacionais para facilitar suas reformas que retiram direitos do povo e garantem os lucros do capital rentista.

E o que pode fazer o campo democrático e popular diante disso?

Pode fazer pouco.

Os setores mais comprometidos com o futuro do Brasil vão se alinhar na defesa de Lula diante do tribunal de exceção, porque a luta por Lula hoje é a luta contra o arbítrio que, amanhã, recairá sobre todos, trabalhadores e movimentos sociais. Outra parte menor do campo de 'esquerda' vai fingir que a perseguição a Lula não tem nenhuma importância para a 'luta revolucionária' que pensam praticar.

2018 já nos espera de braços abertos.

Ricardo Jimenez

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