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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Vozes já alertam para o Estado de exceção! Permitiremos nova ditadura?



2013 abriu as portas do submundo de onde emergiram ventos de um proto-fascismo que está empesteando o Brasil.
Vazamentos de áudios de Presidente da República, conduções coercitivas servindo a espetáculos midiáticos, juízes de tribunais superiores se pronunciando fora dos autos fazendo da justiça uma tribuna política, condenações sem provas e prisões em segunda instância ferindo o amplo direito de defesa e a presunção de inocência.

Algumas vozes já se levantam denunciando a escalada autoritária e o risco de um estado de exceção autoritário, policialesco e baseado em uma parceria midiática que ataca adversários e preserva aliados.
Pior, um Estado policialesco seletivo, midiático e parceiro de um neoliberalismo que, além de atacar direitos individuais, ataca direitos coletivos e transforma um país em pária mundial.


A professora da USP Lilia Moritz Schwarcz, coautora de um livro com Heloisa Starling, uma das professoras da UFMG conduzidas coercitivamente nesta quarta, criticou a ação da Polícia Federal.


"Levar coercitivamente uma pessoa que nunca se recusa ou se recusou a ajudar e colaborar é um atentado aos nossos direitos civis", disse ela.
"Expor a processos de humilhação e criar um circo policial, sem que se tenham provas circunstanciadas, é um atentado à nossa democracia. Fazer do suspeito um culpado pressuposto é um ato de lesa cidadania", afirma.
"Assistimos a isso tudo no dia de hoje. Antes vimos o que ocorreu com o reitor de Santa Catarina. Hoje foi a vez dos professores da UFMG. Não há coincidência alguma no fato dessa ação ter ocorrido um dia depois da inauguração do memorial da anistia. Não há acaso no ataque à universidade e à academia."
"Mas a pior provocação está no nome da operação. Esperança Equilibrista é parte de uma música que representava a boa utopia de tempos melhores, sem ditadura militar. Nesse caso, vigora a mais profunda e perversa distopia. Vivemos mesmo um estado policial."

OBS: A Comissão da Verdade em Minas Gerais (COVEMG) divulgou nota contra a operação da Polícia Federal na qual houve a condução coercitiva de dirigentes da UFMG para prestar esclarecimentos sobre as obras do Memorial da Anistia, construído no campus de Belo Horizonte.
Para a Covemg, "há um evidente ataque de setores conservadores e autoritários contra a Universidade brasileira e tudo o que essas instituições representam para o Brasil".

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), em nome de 63 reitores das Universidades Federais brasileiras, manifestaram "indignação com a violência, determinada por autoridades e praticada pela Polícia Federal, ao conduzir coercitivamente gestores (as), ex-gestores (as) e docentes da Universidade Federal de Minas Gerais, em uma operação que apura supostos desvios na construção do Memorial da Anistia".

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