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terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Moradores da Vila União acampam em frente à Prefeitura


280 famílias não tem para onde ir.
Fotos: Filipe Peres


Moradores da Vila União ocuparam a praça em frente à Prefeitura de Ribeirão Preto esta manhã. Eles exigem uma solução humanizadora às 280 famílias que, sem terem para onde irem, sofrem o perigo de serem despejadas pela prefeitura sem nenhuma garantia.


Em disputa com a prefeitura desde 2015, recentemente, a pedido do poder executivo, o juiz Reginaldo Siqueira pediu a aceleração da reintegração de posse, favorecendo a prefeitura, sem levar em consideração as reuniões realizadas entre o Secretário de Planejamento Edson Ortega com o Conselho de Moradia e moradores da Vila União.

De acordo com Wallace Bill, líder comunitário da Vila União, o moradores estão em área da prefeitura e por isso "quem tem de zelar pela gente é o próprio prefeito. Nós somos cidadãos de Ribeirão Preto e fomos, inclusive, eleitores dele. Ele tem que conversar com o povo. Nós somos o povo".

A prefeitura deu como uma das soluções
temporarias, alocar parte das familias
na Secretaria de Assistência Social CETREM.
A comunidade quer o aprofundamento do estudo relacionado ao HIS (Habitação de Interesse Social) para atender todas as famílias que estão na área de ocupação. Para Platinir Nunes, integrante do Conselho de Moradia, líder da Comunidade Cidade Locomotiva e integrante da União Nacional de Moradia (UNM), a prefeitura não deseja atender todas as famílias, no máximo, "até 50%" dos moradores da Vila União. Segundo ele, para realizar a reintegração, a prefeitura ofereceu, temporariamente, a escola EMEF. Anísio Teixeira ou o CETREM, sendo que nenhum dos dois locais atendem as necessidades básicas daquela população.

Outro ponto apontado pela liderança do movimento de moradia é o não cumprimento da locação social, artigo 127 do plano diretor, lei 2866/2018 que afirma que "a política municipal de habitação tem por objetivos: V - estimular a produção de habitações de interesse social, para venda ou aluguel, dando preferência para o atendimento de famílias com renda de até 3 salários mínimos".

Informados de que tanto o prefeito como o Secretário de Planejamento estão em São Paulo, os moradores ficarão acampados até serem atendidos pessoalmente pelo prefeito. Solidário à situação da Vila União, o MST irá doar alimentos agroflorestais aos acampados.

No final do dia, um grupo de moradores se reuniram com o representantes do governo Nogueira. Foi marcada uma reunião para terça-feira, às 16:00, na Secretaria de Planejamento.

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