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domingo, 16 de junho de 2019

O futuro do centro de Ribeirão Preto


A "revitalização" do centro da cidade é uma proposta colocada desde os anos 1990, quando se inaugurou o calçadão e se iniciou a reforma do Theatro Pedro II. 

O centro é guardião da história da cidade e é parte importante de sua economia baseada em comércio e serviços. Das 7 mil empresas da cidade, 980 se encontram no centro, gerando 5 mil empregos (Dados do SINCOVARP). 

A criação do calçadão central foi extremamente positiva para o centro. Mas ainda é fonte de reclamações por parte da ACIRP (Associação Comercial e Industrial). Sua última reforma durou de 2014 a 2019, custando 9 milhões de reais, mas ainda está aquém do necessário. 

Para muitos estudiosos, o centro precisa de ações estruturais de políticas urbanas: incentivar a moradia, aumentar a área do calçadão para outras ruas (inclusive na região da "Baixada"), coibir o tráfego de automóveis e ônibus no espaço central, desenvolver um projeto turístico/cultural no centro (nas praças centrais), valorizar o patrimônio histórico (inclusive os paralelepípedos) como os casarões ainda presentes na região (como o Palacete Camilo de Matos e outros). 

O projeto de saída da Prefeitura do centro pode ser mais um fator de desprestígio da região, impactando a economia (a Prefeitura pretende mudar temporariamente para o antigo prédio da Caixa na rua Américo Brasiliense enquanto o Centro Administrativo no Jardim Independência não fica pronto). É uma visão míope sobre a importância do centro da cidade.

A "Baixada"


É uma região do centro da cidade, separada da Vila Tibério pelo Córrego Ribeirão Preto, bastante decadente mas com um potencial importante do ponto de vista econômico e histórico.

É também uma região onde os projetos de "revitalização" são debatidos há anos.

Estudiosos defendem a expansão do calçadão para as ruas Saldanha Marinho e José Bonifácio, além da recuperação das fachadas de arquitetura antiga presentes na região. Outro fator importante seria a retirada da rodoviária central e dos terminais de ônibus para a adoção de medidas urbanísticas que beneficiem a movimentação de pessoas.

Medidas estas que revitalizariam não só a "Baixada" mas também a confluência com a Vila Tibério.

PS: a Prefeitura chegou a propagandear a instalação de um Shopping Center na área da antiga cervejaria Antártica, mas o projeto fez água. Então, por que não instalar ali o tal centro administrativo que o Prefeito quer levar para o Jardim Independência?

Blog O Calçadão

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