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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Com 7 vereadores o PDT é a oposição de esquerda a Nogueira?


Com a entrada de Luiz Antônio França na Câmara nesta semana, o PDT contabiliza 7 vereadores. Um número expressivo para o Partido de Ciro Gomes e ex-partido de Ricardo Silva, este o principal responsável pelo crescimento eleitoral do PDT em 2016, fruto de sua boa votação no primeiro turno da eleição municipal. 


Com atuação bastante diversa, tendo vereadores totalmente pró-Nogueira, como Rodrigo Simões, e anti-Nogueira, como França e Lincoln Fernandes, talvez aquele que mais expressão política ganhou nos últimos anos, o PDT pode ser chamado de "partido de esquerda" aqui em Ribeirão Preto? E o próprio Ricardo Silva, hoje no PSB de Márcio França, é um liderança de "esquerda" ou "progressista"? Claro que, comparado com Nogueira, tanto Ricardo Silva como o próprio Lincoln Fernandes são progressistas, mas estão na faixa do centro da política ribeirão-pretana, não são esquerda. 


Lincoln teve um papel importante na Presidência da Câmara fazendo muitas vezes um contrapeso ao projeto neoliberal de Nogueira e Ricardo se mantém como o principal líder da oposição, mas dentro de um quadro de avanço conservador característico da conjuntura ribeirão-pretana. Ricardo pode vir a sair vereador, trazendo Lincoln para o PSB e apoiando um candidato de centro direita, como Gandini ou o atual vice-Prefeito, fazendo um discurso de oposição ao projeto neoliberal de Nogueira mas não rompendo com a narrativa conservadora, principalmente com o que chamamos aqui no Blog de 'lavajatismo'. Tendem a manter o debate sobre Ribeirão Preto evitando polemizar com a política estadual ou nacional. 


O pêndulo político de Ribeirão Preto está voltado para a direita e para o conservadorismo, realidade que a esquerda de fato, representada principalmente por PT, PSOL, PCdoB, PCB e PCO busca furar, principalmente nas periferias, na tentativa de rearticular e fortalecer vínculos com quem vive do trabalho com uma narrativa que mistura questões locais e temas estaduais e nacionais, dentro de um quadro de avanço neoliberal bolsonarista que segue massacrando a população mais pobre. 



Enquanto isso, a extrema direita segue como uma incógnita que pode surpreender e o Prefeito segue favorito para 2020, pelo menos por enquanto.


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