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segunda-feira, 25 de abril de 2022

Grupo teatral APanelA faz apresentação no centro nesta sexta

 


Espetáculo teatral AnDANÇA da Morte e dUmZé tem corpo e cortejo em pleno calçadão central

 

Grupo teatral APanelA de Ribeirão Preto fará oito apresentações pelas ruas centrais da cidade abordando a relação entre morte e vida, que sempre foi muito estreita. A primeira delas acontece no próximo dia 29, às 16 horas, no calçadão central

 

dUmZé está morto. Seu corpo está jogado à própria sorte numa das principais vias urbanas de Ribeirão Preto na esperança de que alguém, de coração especial, faça seu enterro e ele, finalmente, depois de muito lutar com a vida, descanse em paz. Em cena, um velho carrinho de feira expõe um pouco do que foi sua trajetória.

Morte e vida: esse é o tema da apresentação AnDANÇA da Morte e dUmZé de autoria do grupo teatral APanelA de Ribeirão Preto, que prima pelo teatro de rua e tem direção da produtora Flecha Dourada e provocação dramatúrgica de João Paulo Honorato. Encenado pelos atores Ju Marques (Morte) e Joe Bacheschi (Zé), a peça estreia no próximo dia 29, às 16 horas, no calçadão central da rua General Osório.

Nesta tradicional ação de pesar e recheada de irreverência artística, o público circulante do calçadão central será convidado a refletir sobre o tema que mexe de forma profunda com o ser humano e acompanhar o desenrolar deste ritual fúnebre com risadas garantidas. Ação popular cênica do APanelA remete ao clássico teatro grego, com suas intervenções nas ruas e praças com suas máscaras e adereços.

Contos clássicos– O projeto dUmZé é baseado em contos sobre a morte dos escritores Luiz da Câmara Cascudo e Ricardo Azevedo, foi selecionado por meio do ProAc da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo para artistas iniciantes, traz uma intervenção popular singular, carregada de humor e comoção social ao abordar a relação entre morte e vida, que sempre foi muito estreita. E, para muitos, uma condição inevitável que só têm resposta nas religiões.

 

dUmZé, de acordo com Ju Marques, atriz e integrante do grupo APanelA, é destinado ao público em geral e terá como tema o olhar de um Zé, um ser social comum, de classe baixa, frente ao desequilíbrio na balança entre a vida e a morte devido ao crescente individualismo coletivo, livremente inspirado no reconto “A quase morte de Zé Malandro”, do Ricardo Azevedo e na seção de contos de morte do Câmara Cascudo.

 

“DumZé, por exemplo, pode ser qualquer um que luta e resiste bravamente na impiedosa geografia social do nosso país. Nosso personagem fez de tudo um pouco: roçou terrenos, transportou no seu carrinho de feira todo tipo entulho, vendeu picolé, cortou gramas.... dUmZé foi um resistente diante do individualismo social e da falta de empatia com a população mais fragilizada socialmente. dUmZé somos todos nós”, avalia Ju Marques.”

O que é teatro de rua?

É todo aquele que se produz em locais públicos: ruas, praças, mercados, por exemplo. Sua história se origina de fontes primitivas, por meio de manifestações culturais gregas, tais como os cultos dionisíacos.

 

No Brasil, o teatro de rua tem como importantes referências, as grandes manifestações culturais populares, como bumba meu boi, maracatu, carnaval e todos os folguedos que contam com algum tipo de teatralidade.

 

Serviço

Espetáculo: AnDANÇA da Morte e dUmZé

Dia 29/04- a partir das 16 horas

Local: Calçadão central da rua Gal Osório

Dia: 30/04 apresentação às 16h - Calçadão central da rua Gal Osório

 

Ficha técnica:

Criação Colaborativa – Grupo Teatral ApanelA

Atuadores – Joe Bacheschi e Ju Marques

Colaboradores – Kétila Maria, Marcos Poellnitz e Jonas Zac

Direção – Flecha Dourada

Provocação Cênica e Dramatúrgica - João Paulo Honorato

Figurino - Zezé Cherubini

Adereços Sonoros - Barulho Max

Preparação Vocal - Precy

Coreografia - Gustavo e Lelê (espaço Entre Nessa Dança)

Colaboração Histórica - Júlio José Chiavenato

Arte Gráfica - Bê Bueno

Assessoria de Imprensa - Márcia Rosseto

Fotografia - Gabi Nalon

 

Legenda 1: Espetáculo baseado em contos clássicos aborda vida e morte com muita irreverência e comoção

 

 

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