Na reunião de ontem a noite envolvendo a Presidente Dilma, Ministros e 19 governadores da base aliada ficou decretada a volta da CPMF para auxiliar na recomposição das receitas tanto do governo federal quanto dos outros entes federados. Fundamental para manter os serviços mais necessários ao povo.
Com a proposta do excelente Jaques Vagner de passar de 0,20% para 0,38% e, assim, poder dividir as receitas com Estados e Municípios, o pacote foi fechado.
Mais importante do que a volta da CPMF em si é a oportunidade que o caso oferece para se restabelecer de vez o diálogo e a reconstrução da base parlamentar, esfacelada desde a segunda metade do primeiro mandato de Dilma, e enfrentar o golpismo. E ainda de quebra promover um amplo debate nacional sobre justiça tributária, enfrentando a demagogia tucano-midiática.
A CPMF é boa e nunca deveria ter sido extinta. Quem a criou, o PSDB no período FHC, nunca a usou para custear a saúde, e quando Lula estava fazendo exatamente isso, ampliando o SUS, veio o conluio mídia-tucanato e com seu discurso mentiroso e hipócrita acabou com a tributo.
Porque a CPMF é boa? Porque é uma taxa que pega os mais ricos! E no Brasil, rico não paga imposto!
Além disso, a CPMF é um excelente instrumento de fiscalização anti-sonegação. E no Brasil os ricos sonegam 500 bilhões anuais!
Junto com a proposta da CPMF, há os bons projetos de repatriação de divisas que foram enviadas ao exterior como caixa dois (e que agora podem voltar pagando uma multa de 15%) e a cobrança de imposto de renda dos lucros e dividendos das empresas (acabando com o disparate de não cobrar imposto de renda dessa ENORME fonte de renda dos muito ricos).
O governo Dilma se movimentou e esta adesão dos governadores é um sinal importante de diálogo. Os apoios do governador Pezão e do líder do PMDB Leonardo Piaccini são ótimos sinais.
Dilma fez o que o "mercado" e os aliados (como Renan Calheiros) queriam: cortou 30 bilhões na própria carne e agora aponta saídas fiscais que de certa forma unem Estados e municípios, e também pode unir parte da população, caso o debate seja feito de forma inteligente e corajosa.
A semana começa com luz no fim do túnel nessa luta enorme de conseguir colocar o segundo mandato de Dilma de pé e respeitar a vontade expressa de 54 milhões de eleitores.
obs: A Globo encampa o discurso anti-CPMF. Junto com o PSDB, ela quer mais "cortes na própria carne", talvez cortar o bolsa família ou o Minha Casa Minha Vida? Nessas horas lembro do velho Brizola: "onde estiver a Globo, eu estarei do outro lado".
Ricardo Jimenez
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2 comentários:
Antes de qualquer proposta, a Dilma deve sair.
Ela não consegue conciliar interesses para o
País retomar seu rumo e começar a restabelecer
a credibilidade internacional.
Um Presidente só sai a partir de um processo conduzido pelo Senado a partir de um fato concreto que tipifique crime de responsabilidade. O resto é blábláblá de perdedor. Espere 2018. Quanto a "credibilidade", eu pergunto: credibilidade com quem? Até agora só a S&P, que é mais suja que pau de galinheiro, é que fez o trabalhinho casado com os golpistas. Deixe a Dilma trabalhar e espere que o Cara tá vindo pra 2018.
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