Em depoimento ao Tribunal de
Justiça de São Paulo, Cássio Chebabi, ex-presidente da Coaf, a cooperativa
investigada na máfia da merenda, voltou a afirmar dois deputados tucanos, Fernando
Capez e Duarte Nogueira, foram beneficiados com a propina, além de servidores
públicos. Agora, o dirigente revelou a existência de três contratos para
pagamento de propinas. As informações são de reportagem da CBN.
Chebabi disse que a propina girou
em torno de 10% do contrato com a Secretaria de Educação de Alckmin, o
equivalente a R$ 1,3 milhão. O ex-presidente da cooperativa revelou quem para
fornecer sucos de laranja para a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo,
a Coaf fechou três contratos para pagamento de propina, dois deles com o
escritório de advocacia Paciello.
"A partir dos contratos de
gaveta com o escritório Paciello, a campanha de Capez de 2014 teria sido
beneficiada. Outra metade da propina teria sido paga a Marcel Julio, lobista no
esquema de corrupção. Vanessa Paciello Laurino, apontada como cunhada de Marcel
Julio, aparece como sócia do escritório de advocacia.
Na Receita Federal a empresa está
registrada no Itaim Bibi, na Zona Oeste da capital paulista. Nesta terça-feira
a reportagem foi até o local, um prédio residencial. O porteiro disse não
conhecer o escritório nem o nome Vanessa Paciello.
No depoimento ao Tribunal de
Justiça, Chebabi disse ainda que boa parte da Secretaria de Educação de São
Paulo tinha envolvimento na máfia; que a Coaf ‘tinha que pagar muita gente lá’.
Nesta terça-feira, o presidente
da Assembleia Legislativa, Fernando Capez, disse que a afirmação de que ele
teve tratativa de dinheiro com integrantes da Coaf é absurda. O deputado falou
ainda que não conhece o escritório de advocacia Paciello. O deputado Duarte
Nogueira e a advogada Vanessa Paciello não foram localizados pela
reportagem."
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