3º Encontro Mundial de Movimentos Sociais com Papa contará
com representantes de 65 países.
Durante os próximos quatro dias, 170 delegados de 65 países,
representantes de movimentos da economia popular, do campo e outros setores
periféricos da sociedade, debaterão os diferentes eixos de interesse que vêm
marcando os encontros dos movimentos populares com o Papa Francisco: Terra,
Teto e Trabalho, no marco do III Encontro Mundial dos Movimentos Populares. O
evento teve início nesta quarta-feira (02/11) e será realizado até sábado
(05/11) no Vaticano.
Juan Grabois, um dos organizadores do evento, afirmou que
“3-T [Terra, Teto e Trabalho] continuam a ser o coração dos nossos Encontros;
direitos estão sendo violados por um sistema injusto que deixa milhões de
camponeses sem terra, famílias desabrigadas e trabalhadores sem direitos. Por
isso, os principais protagonistas de nossos encontros são os três principais
setores sociais mencionados, marginalizados do campo e da cidade”.
Espera-se que novas discussões e perspectivas de análise e
trabalho sobre assuntos como Povos e Democracia, Território e Natureza e
Refugiados e Desalojados do mundo possam gerar novas ferramentas, sob o ponto
de vista dos protagonistas destes problemas.
Segundo Grabois, “há um grande número de organizações que
estão integradas e organizadas pelos excluídos e que não estão resignados à
miséria imposta a eles e resistem com solidariedade ao paradigma tecnocrático
atual”. Grabois ainda destacou que “o diálogo entre nós e a igreja tem o
objetivo de acompanhar, incentivar e visibilizar esses processos que surgem das
bases populares”.
A audiência com Francisco ocorrerá no último dia do evento.
Oito entidades brasileiras participarão do encontro, incluindo o Movimento Sem
Terra, Movimento de Mulheres Camponesas, Sindicato dos Professores de Minas
Gerais e o Conselho de Entidades Negras.
Os Encontros Mundiais dos Movimentos Populares são um
projeto lançado pelo papa para abordar a situação das populações carentes. A
primeira edição, em 2014, ocorreu também no Vaticano e teve como objetivo
denunciar a realidade das periferias. Já a segunda edição, em 2015, na Bolívia,
teve como tema os desafios das organizações civis.
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