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sábado, 25 de novembro de 2017

Se houver eleição, 2018 será como 1989 com o mesmo resultado: Lula vs candidato do 'mercado'?



Já é dado de barato que o perfil das eleições presidenciais de 2018 será parecido com o de 1989, com várias candidaturas postuladas no primeiro turno.

Vem aí Álvaro Dias pelo Podemos (?) derramando um discurso "pela ética e 'anti-corrupção'", buscando surfar na onda Lava Jato (já que o próprio Moro parece não querer empunhar a candidatura de defesa do 'seu legado'), assim como Marina da Rede, mas com o acréscimo demagogo e enjoativo da "nova política".


Vem aí Dória. Sim, Dória. Possivelmente deixando o PSDB e migrando para uma legenda que o livre do seu maior pavor: ser obrigado a cumprir o mandato de Prefeito de São Paulo.

Vem aí o Meirelles, só não se sabe se cochilando ou bem acordado para defender os interesses dos grandes capitalistas e banqueiros. Pode vir outro outsider como Luciano Huck ou  outro qualquer, disposto a ganhar votos em cima do desprezo pela política fomentado pela mídia no país nos últimos anos.

Pela esquerda e centro-esquerda também haverá colocação de candidaturas. Como a de Ciro Gomes, de expressão nacional e muito bom projeto de caráter nacionalista e desenvolvimentista, pelo PDT. Vem também Manuela D'Ávila pelo PCdoB, buscando fortalecer a legenda com maior bancada parlamentar e dar destaque ao lado administrativo em crescimento após os bons governos de Luciana Santos em Olinda e o bom governo de Flávio Dino no Maranhão.

(aliás, Flávio Dino enfrentará dura batalha contra os Sarney em 2018).

O PSOL certamente também lançará candidato presidencial.

É Lula vs Alckmin


O até então segundo colocado nas pesquisas, Jair Bolsonaro, com 16%, o grande beneficiado pelo clima de histeria, ódio e desesperança plantado nos últimos anos, não tem estrutura e nem capacidade de sustentar uma campanha presidencial.

Pesquisa reente mostrou que o povo brasileiro não é adepto da pauta reacionária e nem da pauta pseudo-moralista. O povo é adepto da pauta da justiça social, para desespero dos ideólogos coxinhas.

Assim como os candidatos descritos acima, no campo da direia, Bolsonaro verá seus eleitores migrarem para Alckmin em uma disputa de segundo turno contra Lula ou quem Lula apoiar.

Sim, no desfecho das eleições, nada tende a mudar: haverá um embate entre Lula e o candidato do 'mercado' que, pela força e capilaridade, será o tucano Geraldo Alckmin, que trará consigo o PMDB de Temer e o Centrão fisiológico que sustenta Temer.

E novamente um embate de projetos e de legados se fará, dando a vitória a Lula.

Se houver eleições

A liderança de Lula nas pesquisas, com 43% e tendência de alta, sua empatia com o povo e sua disposição de percorrer o país levando esperança, entusiasmo e o debate de um novo projeto nacional leva as elites golpistas a tramarem mais uma vez contra a democracia.

Ou é o tapetão da Justiça, com uma condenação sem provas de Lula, ou é o tapetão do STF e do Congresso com uma emenda parlamentarista.

A retirada forçada de Lula do ano eleitoral de 2018 é um risco enorme, pois "uma eleição sem Lula não pacifica o país" na análise sensata da Presidenta Dilma em entrevista recente ao blog Tijolaço.

"2018 tende a ser o mais longo dos anos" como afirmou o ex-Ministro Alexandre Padilha em entrevista ao blog O Calçadão.

O que se espera é que as forças populares consigam barrar a agenda neoliberal que ameaça vender o país e destruir o pacto constitucional de 1988, assim como Lula fez em 2003 quando a aliança PSDB/PFL (DEM) já tinha tudo preparado para fazer o que Temer/PSDB tem feito hoje após o golpe de 2016.

Veremos.

Ricardo Jimenez

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