DIA MUNDIAL DA SAÚDE, MAIS UM NA PANDEMIA
Pelo segundo ano consecutivo o Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, se dá em meio à pandemia. E é um dia de reflexão, de todos nós, para que o próprio sistema não entre em falência com os sucessivos recordes de contaminações e mortes pelo novo coronavírus. E com os sucessivos desmontes e ataques ao Sistema Único de Saúde, o SUS que deveria ser de todos nós. A pandemia expôs um problema gerado pela incompetência administrativa que vê o estado como meio de poder, mas não como meio indutor de desenvolvimento humano e social. Este sim um coquetel de tragédias: cortes de recursos financeiros, humanos e estruturais. No Estado de São Paulo não é diferente do Brasil a partir de Temer. Os repasses oficiais minguam e as emendas parlamentares são, muitas vezes, o único alento para as pequenas cidades. Nosso trabalho tem sido incansável na cobrança de investimentos e na destinação desses recursos, que não são muito, mas são importantes. Desde o início da pandemia o governo brasileiro especializou-se em nada fazer para combatê-la. Gerou e se envolveu em inúmeras disputas políticas, dividiu ainda mais o país, comprou medicamento ineficaz e trabalha não para ajudar, mas para ampliar o ruído social.
Da porta para dentro das unidades de saúde os profissionais se desdobram, exaustos; centenas já morreram contaminados dentro do ambiente de trabalho. Até quando viveremos isso? O Dia Mundial da Saúde precisa celebrar avanços em todas as áreas da medicina e da prevenção às doenças; hoje enxugamos gelo: faltam vacinas e falta uma política de estado contra o vírus. Fico imaginando como estaremos daqui a um ano se nada de concreto acontecer para barrar esse descalabro.
Márcia Lia
Deputada Estadual
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