Tribuna Ribeirão |
Reportagem do jornal Tribuna Ribeirão deste domingo traz informações, com base em dados da CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), de que Ribeirão Preto teve superávit comercial em 2020, importando mais da China e vendendo (por força do agronegócio) mais para os EUA.
Um dos pontos da reportagem é o questionamento da falta que faz um aeroporto internacional para alavancar de vez o comércio internacional.
É verdade, um aeroporto internacional de cargas e passageiros faz muita falta para Ribeirão e região. Mas porque ainda não temos?
Por que a elite da cidade está presa há 20 anos em uma falácia: a internacionalização do Leite Lopes.
O plano diretor de 1995 previa a necessidade de um aeroporto internacional FORA dos limites urbanos, já que o Leite Lopes NÃO tem pista para tanto e a ampliação da pista passa por obstáculos estruturais (bairros consolidados no entorno) e humanos (milhares de pessoas que habitam a zona de ruído). Porém, em 1999 a ideia de internacionalizar o Leite Lopes foi vendida como solução dos problemas de Ribeirão.
20 anos. O resultado é o abandono do entorno, vazios urbanos aguardando a especulação imobiliária e a maior concentração de ocupações na luta por moradia na cidade.
O projeto de internacionalizar o Leite Lopes é um atraso para Ribeirão e região. Está na hora de se pensar em conjunto. A macrorregião que congrega Ribeirão, Araraquara e São Carlos precisa pensar global e estrategicamente: um aeroporto internacional regional interligado com pólos de apoio operacional e logístico nas cidades, onde estaria inserido o Leite Lopes e seu entorno, ou seja, as pessoas.
Ribeirão não vai avançar sem incluir as pessoas num projeto inteligente de desenvolvimento.
Poderemos ser muito mais do que compradores de produtos chineses e vendedores de produtos agrícolas.
Blog O Calçadão
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