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domingo, 16 de outubro de 2016

PSOL de Ribeirão Preto publica nota sobre o segundo turno!

Não existe voto útil no segundo turno de Ribeirão!

As eleições municipais de 2016 acontecem sob influência de três fatos e/ou eventos políticos recentes: as Jornadas de Junho de 2013 e as movimentações da juventude; a Operação Lava a Jato e o impeachment da presidenta Dilma; e a reforma eleitoral de Eduardo Cunha. Em Ribeirão Preto, tivemos um fato adicional, as investigações da operação Sevandija.
Do ponto de vista do PSOL, seja em Ribeirão Preto, seja em tantas outras cidades em que o Partido apresentou candidaturas às Prefeituras e às Câmaras de Vereadores, fomos o partido mais atingido pela reforma eleitoral, que na prática baniu o PSOL da propaganda eleitoral na TV e dos debates. Mesmo diante dessas dificuldades, o PSOL segue construindo movimentos e reivindicando a radicalização da democracia, a ampliação de investimentos nos serviços públicos e cidades pensadas para as pessoas. Por todo o Brasil, assim como em Ribeirão Preto, o PSOL aumentou sua votação, apesar das dificuldades impostas pela Lei eleitoral de Cunha. O PSOL elegeu dezenas de vereadores, dois prefeitos em primeiro turno, um deles o primeiro prefeito LGBT do Brasil! E ainda estamos na disputa do segundo turno em três cidades.
Diante da crise do bloco petista (PT/PCdoB), causada pelo envolvimento da cúpula do partido nos escândalos investigados pela Lava a Jato e aprofundada em Ribeirão pelo envolvimento do candidato a prefeito, Wagner Rodrigues (PCdoB), nas investigações da Sevandija, o espaço à esquerda na disputa eleitoral da cidade não foi ocupado. O PSOL, ainda que tenha aumentado sua votação, ainda está longe de se consolidar como uma alternativa de poder para Ribeirão. Assim como em outras cidades, apontamos um caminho com as bandeiras defendidas pela nossa candidatura majoritária e pelas candidaturas proporcionais, mas ainda estamos no início dessa construção.
Sobre os dois candidatos que passaram ao segundo turno, o que podemos dizer é que não há voto útil, não existe “mal menor” e, portanto, defendemos o voto nulo neste segundo turno. De um lado, Ricardo Silva, ainda que seja do PDT (partido que tem em sua história figuras importantes, como Leonel Brizola), é o legítimo representante da gestão Darcy Vera. Seu vice é do PMDB, partido representante do movimento de ataque aos direitos promovidos em nível federal. Ricardo representa o mesmo bloco que já está no poder, portanto não representa uma alternativa de melhora da situação de nossa cidade.
De outro lado, temos Duarte Nogueira, representante do PSDB, partido do fechamento de salas de aula e dos ataques aos servidores públicos, partido do sucateamento da educação pública e das privatizações, defensor da redução da maioridade penal e dos maiores ataques aos nossos direitos.
Ambos representam tudo o que os movimentos por educação, da juventude, por direito à cidade, feministas, negros, LGBTTs, de servidores públicos, sem teto e sem terra lutaram contra, portanto não podem contar com o apoio de quem, como nós, pretende construir em conjunto com os movimentos sociais uma alternativa para a cidade. Alternativa que represente a radicalização da democracia, da participação popular nas decisões de governo, que defenda que nossa cidade seja pensada para as pessoas que nela vivem e nela trabalham.

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