Páginas

sábado, 4 de maio de 2019

Movimentos sociais decidem se unir pela democracia e os direitos

Fotos: Paulo Honório

Neste sábado, 4 de maio, na Cerâmica São Luiz (Ong Viva Cidade), ocorreu o encontro do Fórum de Movimentos Populares de Ribeirão Preto. Na pauta, a necessidade de unidade para a resistência contra os retrocessos no campo da democracia e dos direitos sociais.


O encontro contou com a presença de várias lideranças representando os movimentos de luta pela terra, pela moradia, pelos direitos das mulheres, pela saúde, educação, meio ambiente, mídia alternativa, além de lideranças do movimento cultural, sindical e do campo do direito.

Ádria Bezerra, do movimento de mulheres negras, destacou a importância de um encontro entre movimentos sociais para aprofundar o debate sobre os retrocessos que ameaçam as mulheres, as mulheres negras e o conjunto da população negra: desemprego, violência e as dificuldades de aposentadoria e de acesso à educação e saúde públicas.

Franciele (OAB), Ádria, Judeti Zili e Fred (MST)
A professora Judeti Zili, presidente do Conselho Municipal da Mulher, destacou a luta dos servidores públicos municipais diante de uma greve que denunciou a ausência de diálogo por parte da Prefeitura e a denúncia sobre o desmonte dos serviços públicos na cidade."Politicamente, os servidores deram o recado e a educação esteve na linha de frente".





A população de Ribeirão Preto tem enfrentado muitas dificuldades nos últimos anos diante de administrações municipais corruptas, como a passada, e incompetentes, como a atual, onde o debate democrático para a construção de um projeto de cidade inexiste.



O professor de direito e ex-Promotor público Antônio Alberto Machado afirmou que, diante da ausência de reação das instituições com relação às ameaças contra a democracia e os direitos, só resta a luta a partir da organização social. "A luta pela democracia e os direitos não virá do judiciário, não virá do parlamento, virá do povo".


Para Fred, da coordenação estadual do MST, o projeto neoliberal autoritário busca subtrair da vida social todos os espaços de participação democrática, criminalizando os movimentos sociais, e também busca destruir o sistema de proteção social brasileiro, acabando com os direitos trabalhistas, com a aposentadoria e com a seguridade social, incluindo o SUS. "Não se iludam, os avanços mínimos que conquistamos na Constituição de 1988 ou já não existem ou estão na iminência de serem extintos. Só restará a unidade do povo para a luta".



Em proposta encaminhada pelos representantes do MST Fred e Neusa Paviato, aprovada pelo Fórum, a luta imediata contra a reforma da previdência, que busca transferir a previdência pública para os bancos, e a construção da greve geral  são o centro da unidade entre sindicatos e movimentos sociais.

Após as falas das lideranças presentes, onde se destacaram a defesa da educação pública pela Apeoesp, a denúncia dos mais de 50 mil sem teto na área urbana da cidade pela União Nacional de Moradia e a defesa dos direitos humanos pelos representantes da OAB-RP e do coletivo de advogados populares, ficou decidido que os movimentos sociais se integrarão no calendário de luta contra a reforma da previdência e pela construção da greve geral, buscando o diálogo com a população de Ribeirão Preto para a conscientização de que os projetos políticos de Bolsonaro, Dória e Nogueira estão alinhados aos retrocessos no campo democrático e em direitos, atentando contra os interesses da população trabalhadora.

Calendário de lutas: 

8 de Maio - 19h na OAB-RP: "Resistir e Refletir: debate sobre a ditadura militar"

11 de Maio (sábado), 14h, Câmara Municipal de RP: "Seminário Estadual contra a Reforma da Previdência".

15 de Maio (Quarta-Feira): Paralisação Nacional dos Trabalhadores da Educação.

E as Centrais Sindicais unificadas estão chamando a greve geral para o dia 14 de junho, diante do descalabro do desemprego e da ameaça da atual proposta de reforma da previdência que desmonta o sistema constitucional de previdência pública.

O Blog O Calçadão estará na cobertura do calendário de lutas da classe trabalhadora 

Mais fotos

Franciele (OAB-RP e Movimento de Mulheres)

Ádria (Casa da Mulher), Ricardo Jimenez (Blog O Calçadão) e Fred (MST) - 4 anos de existência do Fórum de Movimentos Populares de RP

Evandro Favacho - PCdoB

Sílvia Diogo (Casa da Mulher) e Aureni (Sindicato dos Jornalistas)

Fred, Antônio Alberto Machado e Ricardo Jimenez

Professor Sebastião

Marcelo Domingos - Abayomi

Jabá - Saúde

Guilherme - Advogado Popular





Luciana - Casa da Mulher


Professora Raquel e Caio Honório

CJ (Assessor Dep. Alexandre Padilha), Helena (PCB) e Edson Arantes (Secretário Sindical PT-RP)

Raquel Montero


Urbanista Mauro Freitas e Fábio Sardinha (Apeoesp)



Márcio Coelho (Secretário de Cultura PT-RP)

Fábio Sardinha encaminhou ao Fórum moção de solidariedade à professora e deputada estadual Bebel por ameaças de violência sofrida pela bancada do PSL na Alesp

Bruno César - OAB RP 




Neusa Paviato - MST

Nenhum comentário:

Duda Hidalgo denuncia aumento da violência policial de Tarcísio e é atacada por bolsonaristas em sessão da câmara

  Com a intenção de fazer o debate sobre números e estatísticas, Duda foi à Tribuna na sessão desta terça (16/04) discutir um requerimento q...