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terça-feira, 28 de maio de 2019

Bolsonaro, Paulo Guedes, Globo e banqueiros querem impôr uma reforma que deu errado em 60% dos países


Os conflitos que agitaram a relação entre o bolsonarismo, o centrão, a Globo e os banqueiros nos últimos dias parecem que deram uma trégua. 

O motivo: o acordo em torno da reforma da previdência.

A intenção de todos é privatizar a previdência pública para livrar os orçamentos de municípios, Estados e da União para ficarem à disposição do pagamento de juros da dívida pública, que movimenta o setor rentista.

Vão impôr aos idosos brasileiros um modelo que faliu em 60% dos países, incluindo o Chile onde Paulo Guedes auxiliou Pinochet a aplicar a capitalização (conforme dados da OIT).

No Chile e em dezenas de países o debate é como reverter um modelo que tem levado os idosos à miséria.

No Brasil, os idosos têm na previdência pública um instrumento valioso de distribuição de renda e no SUS um instrumento valioso de manutenção da saúde e da vida na velhice. O futuro é nebuloso para eles com a privatização da previdência pública.

A disparidade na propaganda a favor da reforma é gigantesca. Todos os veículos de mídia defendem a reforma, até a Globo que, para acertar a sua aprovação, fez um acordo na semana passada direto com Bolsonaro.

Aliás, a privatização da previdência pública está na pauta dos representantes dos bancos e do rentismo desde a época de FHC. Em 1998, a capitalização e a privatização da Petrobrás, além da cobrança de mensalidade em universidades públicas, estava na ordem do dia da aliança PSDB/DEM. Só não passaram porque o Brasil quebrou em janeiro de 1999, após uma campanha eleitoral mentirosa.

A única forma de barrar a capitalização ou, no mínimo, evitar a privatização total da previdência e garantir um mínimo de estabilidade aos idosos é a mobilização popular a partir do dia 14 de junho, na convocação da greve geral.

Sem povo na rua mostrando que a reforma é impopular, os veículos de propaganda irão tentar enganar que os bolsonaristas que foram às ruas no domingo defendendo a privatização da previdência pública, além do fechamento do Congresso e do STF, representam a opinião do povo brasileiro.

Blog O Calçadão

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