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quinta-feira, 16 de maio de 2019

Em Ribeirão Preto, milhares vão às ruas em defesa da Educação


Professor José Marcelino, do curso de Pedagogia (USP/Ribeirão Preto)
ministrou aula aberta na Esplanada do Teatro Pedro II.
Fotos: Filipe Peres
Instagram: filipeagustoperes

Em passeata que saiu da USP, estudantes, professores, integrantes de movimentos sociais e da sociedade civil manifestaram repúdio ao corte de 30% no orçamento das universidades federais.




Na manhã de quarta-feira (15), as ruas de Ribeirão Preto foram tomadas por milhares de estudantes, professores, integrantes de movimentos sociais e trabalhadores por conta do Dia Nacional de Greve da Educação, em protesto contra os cortes anunciados pelo Ministério da Educação (MEC) para o setor. 

A mobilização nacional foi tão grande (mais de 1 milhão em todo o país) que as entidades organizadoras decidiram convocar um novo protesto em âmbito nacional para o próximo dia 30 de maio.

Ribeirão Preto também participará da mobilização do dia 30 de maio.

No dia 30/04, o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou um corte de 30% do orçamento em todos os níveis da educação. Nas universidades federais, o governo irá bloquear 30% do orçamento previsto para pagamentos de dívidas não obrigatórias, como trabalhadores terceirizados, obra, compra de materiais, água, luz e internet. 
Após ter sido enxotado de Nova York pelo Prefeito Bill de Blasio, em viagem aos Estados Unidos para receber um prêmio da Câmara de Comércio Americana-Brasileira, no Estado do Texas, na cidade de Dallas, onde também não foi recebido pelo Prefeito da cidade, Mike Rawlings, que afirmou, publicamente, que não participará de nenhum evento com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro declarou que "os estudantes brasileiros são uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais no Brasil". 

Durante a passeata, ainda na Av. do Café, Manuela Aquino, da Direção Estadual do MST/RP, do Setor de Educação, lembrou que, além dos cortes, o governo Bolsonaro está perseguindo as escolas rurais, ameaçando fechá-las. De acordo com a dirigente, caso essa intenção presidencial se concretize, 200.000 alunos ficarão sem estudar, excluídos da rede pública de ensino.
Veja o vídeo:


Já na Esplanada do Teatro Pedro II, o estudante da USP e integrante da Associação Nacional de Pós-Graduandos, Raí,  ressaltou que os estudantes não temem o governo Bolsonaro, que "vai ter luta". Segundo a liderança estudantil, "esse dia marca o início da queda desse governo fascista que criminaliza os estudantes, que criminaliza o professor, que não gosta de pobre, que só governa para os ricos". O uspiano lembrou que a juventude será a guardiã da Educação nos próximos anos.

Veja o vídeo:



Após a fala de Raí, houve uma aula aberta ministrada pelos professores da Universidade de São Paulo/Campus Ribeirão Preto, José Marcelino (Pedagogia), Eurico Arruda (Medicina) e Tiana Kofsdorf (Biologia). Nesta aula, os professores lembraram os estudantes que não é a Previdência quem impede o investimento em educação no país mas o pagamento dos juros da dívida pública. Em sua fala, o professor Eurico Arruda lembrou que de acordo com números da Auditoria Cidadã da Dívida, "em 2018, foram gastos 3,6% do orçamento da União em Educação, 4% em Saúde e 40% com a remuneração dos juros" De acordo com o professor, a perseguição que os professores vem sofrendo dos governos estadual e federal se dá devido ao fato de os governantes não desejarem estudantes com pensamento crítico pois, desse modo, lhes será mais fácil implementar as suas políticas homofóbica e rascistas.

Veja o vídeo:


Catanduva tem ato no Instituto Federal

Na cidade de Catanduva (387km da capital), professores e alunos pararam. Na cidade, discentes e docentes foram à Praça da Matriz mostrar o trabalho realizado pelo Instituto Federal e dialogaram com pais e alunos, convidando-os a conhecerem as ações realizadas dentro da instituição de ensino, a pesquisa realizada, os cursos de extensão. Durante o ato, os professores chamaram a população para a Greve Geral que será realizada no próximo dia 14 de junho. 

Veja o vídeo:

 

Mais fotos do ato em Ribeirão Preto:


































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