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sexta-feira, 1 de maio de 2020

EM TEMPO DE COVID-19, O MST SALVA GAVIÃO ATROPELADO EM RODOVIA E AJUDA A DIMINUIR POSSÍVEL DESEQUILÍBRIO NO ECOSSISTEMA LOCAL


Gavião foi salvo por acampados do MST.
Fotos: Setor de Comunicação MST/RP


O cuidado com a natureza, com a fauna e a flora faz parte da formação militante do MST e está ligado diretamente com o seu modo de produção agroflorestal. Na tarde desta quinta-feira, 30 de abril, um caminhão atropelou um gavião em frente ao Acampamento Campo e Cidade Paulo Botelho, do MST, no km 337, em Jardinópolis. Os acampados recolheram prontamente o animal, realizaram os primeiros cuidados e o levaram até a base da polícia militar ambiental mais próxima. 


A polícia entrou em contato com o zoológico que realizará os procedimentos para que a ave possa ser resgatada pelo parque e realizar o recolhimento, tratamento veterinário de recuperação e reintrodução a natureza.
As aves de rapina possuem um papel importante no equilíbrio ecológico onde vivem pois são predadoras, estabilizando o ecossistema. A eliminação de uma espécie deste tipo de ave pode causar a superpopulação de presas, escassez de recursos etc. 

Atualmente, cerca de 100 famílias de trabalhadoras e trabalhadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupaam a área da antiga Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), hoje administradas pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), no Km 336, da rodovia Anhanguera, em Jardinópolis. Essa área vem sendo utilizada ilegalmente para a produção de cana-de-açúcar e também como lixão de rejeitos agroindustriais e industriais. Deste modo, o MST exige, com base no decreto 10.165/2019 e a MP 910/2019, assinados pelo presidente Jair Bolsonaro, que esta área e todas as áreas administradas pela SPU sejam destinadas para fins de reforma agrária popular e produção sustentável de alimentos saudáveis para a classe trabalhadora.

Apesar de correntemente se associar a origem do vírus causador da Covid-19 ao mercado aberto de Wuhan, na China, em que são vendidos animais domésticos e selvagens para alimentação humana, o pesquisador o pesquisador dos Estados Unidos, Rob Wallace, em sua tese Big Farms Make Big Flu – em tradução livre, Grandes Fazendas produzem Grandes Gripes, afirma que o coronavírus estaria relacionado ao modelo de agropecurária industrializada que praticamente se impôs no Brasil e no mundo.

O MST já começou a plantar mediante técnicas de produção agroflorestal no acampamento Campo e Cidade Paulo Botelho.

Saiba mais sobre a tese acessando o link: Grandes fazendas produzem grandes gripes

Mais fotos: 




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