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Servidor Luis Ricardo Miranda confirmou pressões para acelerar o processo da Covaxin. Foto: Agência Senado |
Nesta sexta-feira (25) a CPI da Pandemia a ouviu o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda e o irmão dele, o deputado Luis Miranda (DEM-DF). Os irmãos apontaram irregularidade na compra de vacinas Covaxin pelo governo federal.
Luis Miranda
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Deputado Luis Miranda (DEM-DF) Foto: Agência Senado |
"Se não fôssemos nós, US$ 45 milhões teriam sido pagos por uma
vacina que não resolveu e nem sei se vai resolver"
De acordo com o deputado, ao informar o presidente da República sobre as irregularidades na contratação da vacina Covaxin, Jair Bolsonaro comunicou que encaminharia o caso à Polícia Federal.
Em outro ponto da reunião, o deputado do DEM disse que avisou o Presidente da República no dia 20 de março sobre pressões da Precisa e do Ministério da Saúde pela compra da Covaxin. Segundo, LM, na noite da véspera, o dono da empresa esteve com o diretor Marcelo Pires.
Em conversa com Eduardo Pazuello, Luis Miranda falou que o ex-ministro da Saúde reconheceu a existência de problemas na pasta, mas que não poderia agir pois estava prestes a deixar o cargo.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) cobrou do deputado Luis Miranda quem seria o parlamentar que, segundo ele, foi citado pelo presidente Jair Bolsonaro como envolvido na compra da Covaxin, mas Miranda afirmou não se lembrar do nome.
Luis Ricardo
Miranda.
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Servidor Luis Ricardo Miranda. Foto: Agência Senado |
O servidor Luis Ricardo Miranda disse que em 24 de março foi aberta licença de importação da Covaxin e foi pedido excepcionalidade à Anvisa, que a negou em 30 de março pela falta de certificado de boas práticas.
O servidor também afirmou que recebeu diversas mensagens e chamadas para acelerar a autorização do contrato para importação da Covaxin, entre elas a do ex-coordenador de Saúde, o tenente-coronel Alex Marinho. Inclusive, que tanto Alex Leal Marinho como o diretor Roberto Ferreira Dias perguntavam com frequência sobre o andamento do processo.
Perguntado
por Renan Calheiros, o servidor Luis Ricardo Miranda negou que alguém tenha
oferecido a ele qualquer tipo de vantagem para facilitar a importação da
Covaxin, mas confirmou pressão de seus superiores no ministério e confirmou que
a Anvisa questionou a validade das vacinas no lote da Covaxin que seria enviado
ao Brasil.
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