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segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Contando com a participação da ONG Casa da Mulher e do Coletivo União das Pretas, Secretaria de Assistência Social e CRAS II realizaram a II Mostra Cultural da Consciência Negra de Serrana: "Sobre vivências".

Carolina Lopes tratou da resistência da mulher negra com a oficina de bonecas Abayomis.
Fotos: Silvia Diogo



Por Maria Carolina Lopes

No Dia 22 de novembro, a Casa da mulher juntamente ao União das Pretas - RP, participou da II Mostra Cultural da Consciência Negra de Serrana "Sobre vivências". O evento foi organizado pela Secretaria de Assistência Social de Serrana, em parceria com o CRAS II, que realizaram a Mostra no Centro de convivência do idoso do município.


Neste evento, foi oferecida uma agenda muito rica: palestra da psicóloga Eneida Lis, oficina criativa, música ao vivo e rodas de conversa. Tudo isso durante a oferta de comidas típicas afrobrasileiras.

A coordenadora da casa da mulher, Sílvia Diogo apresentou o trabalho da ONG, enquanto apoio jurídico e psicólogico às mulheres vítimas de violência e Carolina Lopes, integrante do Coletivo União das Pretas - RP,  complementou a importância de falarmos de mulheres tratando a resistência da mulher negra com a oficina de bonecas Abayomis.

Oficina de Abayomis.


A oficina teve como objetivo fortalecer a identidade afrocentrada do indivíduo afrobrasileiro e fomentar a importância da representatividade negra em todas as esferas sociais.

De forma lúdica, alcançou-se a aprendizagem significativa de mais pessoas envolvidas na ação e considerando os dados alarmantes do fórum de segurança pública deste ano, que indicam que 51% das mulheres vítimas de violencia sexual eram mulheres negras entre 2017- 2018; 66% das mulheres mortas em nosso país eram Mulheres negras  em 2017. Temos constatada a emergência de falarmos de mulheres negras e de como elas estão sobrevivendo em nossa sociedade.



No final da oficina, os participantes trouxeram a necessidade de se levar essa oficina para as escolas como fortalecimento da identidade dos jovens e crianças afro brasileiros sobretudo nas escolas particulares onde a aluna negra ainda tem poucas referências, demonstrando que o espaço de fala e de convivência da população negra no Brasil ainda não é, em qualquer lugar ela queira estar, e que a história deste povo continua sendo ocultada.

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