Quando um país, uma nação decide se inserir no mundo de maneira soberana, decisões de Estado devem ser tomadas.
Qual o rumo a ser seguido? Quais os objetivos a serem atingidos? O país quer se tornar um player relevante ou apenas se tornar destino de produtos industrializados de outros países enquanto exporta commodities?
Essas são perguntas e decisões que todos os países do mundo que deixaram de ser marginais e se tornaram protagonistas da política e do comércio internacional fizeram.
Duas decisões são fundamentais para tanto: desenvolver a indústria e a tecnologia nacional e valorizar as relações com seus parceiros regionais, buscando se proteger e negociar com mais força com as potências já estabelecidas.
Foi exatamente assim que agiu o governo Lula e o governo Dilma, E é exatamente ao contrário disso que age o governo do interino e sem voto, muito por causa da presença ideológica do PSDB e de José Serra no governo.
É o que denunciam muitos especialistas em direito e comércio internacional, como o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, em entrevista para a Rede Brasil Atual.
Para ele, a tentativa do governo interino, e de José Serra, é revogar a decisão 32 de 2000, do Mercosul, que proíbe que participantes do bloco façam acordos comerciais com países de fora do bloco com tarifas menores que as do próprio bloco.
"Serra quer acabar na prática com o Mercosul, por razões ideológicas e não por razões técnicas. Quer abrir um precedente para formalizar acordos de livre comércio com os EUA, retomar a ALCA. São pessoas anti-patrióticas, contra o povo, contra os trabalhadores", afirma.
“Se revogar isso (a decisão 32/00) significa o fim do Mercosul, o que seria um prejuízo muito grande porque um dos destinos mais importantes das exportações brasileiras é exatamente o Mercosul, principalmente no que diz respeito a bens industrializados, que é um setor em que o Brasil vem perdendo competitividade, por várias razões”, diz o diretor Jacobsen. “A existência do Mercosul não impediu que a China se tornasse o principal parceiro comercial do Brasil, que está em primeiro lugar nas nossas relações comerciais. Essa relação cresceu mais de 1.000% de 2002 para os dias atuais. E mesmo aqui na América do Sul, o segundo maior crescimento de comércio do Brasil foi com a Argentina por causa do Mercosul. Esse crescimento é superior a 800%, de 2002 para os dias atuais”, afirma o embaixador.
Não é somente o Mercosul que está na mira do rolo compressor golpista, estão na fila a Petrobrás e o pré-sal, a eletrobrás e a eletronuclear. A tentativa do governo golpista é de entregar o futuro do país nas mãos das potências capitalistas e dos financistas. É um projeto entreguista, traidor, assim como é traidor o anão sem pescoço que um dia Dilma e o PT aceitaram como vice.
O Calçadão
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