Não há nenhuma dúvida para quem tem o mínimo de conhecimento político de que este período que se iniciou a partir do golpe do impeachment passará para a história como um período de arrepio da democracia, onde um conluio midiático-policialesco-político tomou o Estado brasileiro de assalto para reaplicar no país uma brutal agenda neoliberal.
O período será marcado pela aliança entre um grupo político derrotado nas urnas durante uma década e meia, o PSDB (que nunca mais conseguiu vencer nas urnas após o descalabro do período FHC), com o grupo político fisiológico, e fiel da balança política no país após a Constituição de 1988, que traiu seus companheiros de aliança política pressionado pela operação Lava Jato.
Sem voto, sem popularidade, sem legitimidade interna e externa, o grupo assaltante do poder opera a venda do patrimônio público, a entrega das jazidas de petróleo e a retirada da aposentadoria do povo brasileiro, obrigando o trabalhador a trabalhar até a beira da morte.
Dentro desse contexto, nada melhor para representar esse período funesto de nossa história do que o patético e perigoso Alexandre de Moraes no STF.
Primeiro porque Moraes representa o PSDB, parceiro maior no golpe e no desgoverno; segundo porque Moraes é a materialização no STF da frase de Romero Jucá: "temos de estancar a sangria, resolver 'essa porra'"; terceiro porque o STF se apequenou tanto nesse período que está à altura de Moraes, o homem certo no lugar certo.
Moraes ficará no STF, se tudo permanecer como está, até 2043!
Moraes é um legítimo representante da nauseante "era Temer".
O Calçadão
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