O neoliberalismo é a estrutura político-econômico-ideológica do grande capital transnacional, das grandes corporações financeiras e empresariais que atuam no mundo de maneira monopolista.
O neoliberalismo existe desde meados dos anos 1980 e tem buscado se moldar às realidades políticas para tentar influenciar as decisões e legislações dos Estados nacionais para, assim, drenar para si, ou seja, para um seleto conjunto de mega-investidores e grandes corporações financeiras, através dos juros da dívida pública, das privatizações e dos fundos de previdência, as riquezas geradas pelos países.
Sua ação se dá em nível mundial, sempre apoiada na grande mídia empresarial, nos interesses dos grandes bancos de investimento e no campo político atrelado a seus interesses.
Seu adversário é o modelo social democrata, o modelo de bem-estar social desenvolvido principalmente na Europa após a segunda guerra mundial e espalhado por alguns países do mundo.
O modelo de bem-estar social propõe a coexistência de uma economia de livre mercado e de políticas públicas que promovam a distribuição de renda, impeçam o aumento da desigualdade social e promovam um desenvolvimento econômico ambientalmente sustentável.
O modelo de bem-estar social cobra das grandes corporações financeiras uma contribuição, na forma de impostos, para criar um colchão social e financiar o desenvolvimento nacional.
O modelo de bem-estar social está na base de algumas propostas desenvolvidas no âmbito da ONU, como a Agenda 21, por exemplo.
Contra isso, nos últimos 30 anos, as forças representantes do neoliberalismo vêm atuando nos países disputando o poder político ou disputando a hegemonia do pensamento através, principalmente, da mídia empresarial.
É o tão famoso modelo de "pensamento único" tão propalado nos anos 1990.