1. Fernando Haddad em Ribeirão Preto
Esta semana o ex-Ministro da Educação, ex-Prefeito de São Paulo e candidato a Presidente da República pelo PT em 2018 esteve em Ribeirão Preto participando de uma entrevista na TV Thati e de uma aula pública do curso denominado "Mentoria", que é realizado naquele local. A entrevista teve o tema educação como principal e Haddad pôde debater os projetos educacionais organizados na sua época como Ministro com relação à condução do MEC na gestão do atual governo. Haddad destacou a diferença em duas frentes básicas: expansão da oferta (com democratização do acesso) e construção pedagógica democratizada. O investimento saltou de 18 bilhões de reais em 2003 para 54 bilhões em 2010 e 100 bilhões em 2016 (considerando o governo Dilma). O avanço no investimento democratizou o acesso em todos os níveis de educação. Com Haddad foi criado o IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), o PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação), o Fundeb (fundo de Desenvolvimento da Educação Básica), o Piso Nacional do Magistério, os Institutos Federais de Educação Básica, Técnica e Tecnológica e o Plano de Expansão das Universidades Federais que, ligado ao novo perfil do ENEM, criou 18 Universidades Federais (173 campi universitário) e democratizou o acesso para mais de 930 mil alunos. A passagem de Haddad pelo MEC, assim como todo o período do PT no governo, foi marcada pela tentativa de garantir a educação como um direito social básico presente no artigo 6o da Constituição de maneira a envolver os especialistas, as entidades educacionais e a sociedade civil, como determina a própria Constituição e a LDB de 1996. Essa marca se contrasta fortemente com o modelo que está sendo proposto pelo atual governo, de redução do investimento público em todas as áreas, incluindo saúde e educação.
2. Teve o Prouni
Com Haddad à frente do MEC foi criado o Prouni, em 2004, como o maior programa de subsídio de bolsas de estudo para o ensino superior do mundo. Até 2015, o programa, articulado com o FIES, atendeu 2,5 milhões de brasileiros. O programa, que funcionou através do abatimento fiscal de empresas privadas de educação que aderissem ao sistema, teve um impacto de 11 bilhões nas receitas públicas entre 2005 e 2015. Segundo Haddad e os demais ministros da educação das gestões petistas, incluindo Aloísio Mercadante, o programa de isenção fiscal saiu mais barato e mais rápido do que investir na construção de universidades públicas, atendendo de maneira ampla a uma enorme demanda reprimida. Mas há críticas, à direita e à esquerda. A principal delas é com relação ao investimento indireto em faculdades e cursos de baixa qualidade, principalmente voltados aos mais pobres. Segundo algumas críticas, o Prouni beneficiou muito mais alguns empresários da que tratam a educação como mercadoria. O Prouni faz parte de um conjunto de parcerias entre os setores público e privado, prática que foi inserida no Brasil nos anos 1990 e continuada ao longo dos anos 2000 nas esferas federal, estadual e municipal.
3. E teve creches em São Paulo (e em Ribeirão Preto)