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sexta-feira, 5 de julho de 2019

Sem Parecer da CCJ, a pedido do vereador Fabiano Guimarães, Câmara Municipal de Ribeirão Preto aprova regime de urgência para projeto de Lei que terceiriza a educação municipal

Pressionado, após ter votado não, o vereador Otoniel Lima volta atrás e se abstém, favorecendo a manobra da bancada nogueirista para aprovar o regime de urgência à votação do PL 134/2019 que sucatea a educação infantil.
Fotos: Filipe Peres
Nesta quinta-feira, 4,  em uma sessão conturbada, sem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) tirar um Parecer sobre a legalidade do Projeto de Lei 134/2019, que terceiriza a educação, em Ribeirão Preto, a pedido do vereador e Presidente da Comissão Permanente de Educação da Câmara, Fabiano Guimarães (DEM/RP),  a Câmara Municipal de Ribeirão Preto, apesar dos protestos de representantes de diversas entidades educacionais, aprovou regime de urgência para a votação do Projeto antes do recesso.


Foi uma manobra da base governista. Após o encerramento da votação, até então empatada em 13 x 13 no placar da Câmara, vereadores cercaram o vereador Otoniel Lima (PRB/SP), que havia votado NÃO, e, ignorando, solenemente, os presentes, o fizeram voltar atrás em sua decisão, fazendo Lima se abster, abrir mão de seu voto e favorecer o projeto de sucateamento da educação dos nogueiristas, deixando o placar em 13 x 12 a favor do pedido de urgência.

Servidores públicos
protestaram muito
durante a sessão.
Percebendo  a manobra, não faltaram protestos por parte dos professores. Para o Presidente do Conselho Municipal de Educação, Márcio Silva, o PL 134/2019 ataca a educação de qualidade, a educação infantil, precariza o atendimento, uma vez que traz as instituições privadas, cuja principal preocupação é o lucro acima de tudo e de todos, para dentro da Rede Municipal de Ensino. De acordo com Márcio, a medida do governo Nogueira é autoritária, pois nunca se mostrou aberto ao diálogo com as categorias que representam a Educação para encontrar uma solução à criação de vagas nas escolas do município.

“De  maneira autoritária (o governo) quer impor esse projeto. O pedido de urgência é um golpe porque se recusam (os vereadores governistas) a dialogar com a sociedade, com as entidades e querem enfiar, goela abaixo da população um modelo de educação diferenciado, ou seja, com dois tipos de atendimento na educação infantil, um precarizado, em virtude das condições que o projeto coloca, e o atendimento da Rede Municipal de Ensino. A população que paga imposto, que tem os mesmos direitos, teremos uma parcela desta atendida de uma forma diferente (precarizada)”, encerrou.

Veja o vídeo:


Mais fotos:

CCJ não tirou Parecer sobre o PL 134/2019

CCJ não tirou Parecer sobre o PL 134/2019
Presidente da Comissão Permanente de Educação da Câmara, o vereador Fabiano Guimarães (DEM/SP) se nega a falar com representantes da Educação (APEOESP, Conselho Municipal de Educação e do Presidente de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb) durante a sessão.



Diretores Estaduais da APEOESP falam aos professores presentes durante a sessão.
Um pedido do vereador Luciano Mega (PDT/SP) impediu que temas da sessão fossem votados em bloco.



Professores e especialistas em Educação são contra a terceirização.

Vereador Orlando Pessoti (PDT/SP) conversa com representantes da Educação durante a sessão.
Professoras protestam durante a sessão.



Professora protesta durante a sessão.

Professoras protestam durante a sessão.


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