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domingo, 23 de abril de 2017

"A mídia não quer saber quem é o grande banqueiro citado por Palocci", Ciro Gomes


A pergunta é: além da mídia, a República de Curitiba está interessada em buscar trazer o sistema financeiro e o próprio judiciário para a Lava Jato?

Reportagem do Brasil 247

O ex-governador do Ceará e presidenciável Ciro Gomes destacou, durante uma palestra, que a mídia não quis saber quem é o grande banqueiro citado pelo ex-ministro Antonio Palocci durante seu depoimento ao juiz Sergio Moro, na última quinta-feira 20.


"Palocci foi lá na República de Curitiba depor. Pelas tantas, respondendo perguntas de seu próprio advogado, portanto bem ensaiadinho, disse assim: 'um belo dia, um grande banqueiro me procurou para administrar uma provisão de dinheiro de R$ 200 milhões da Odebrecht'", lembrou Ciro.
Em seguida, ele destacou que Palocci falou que o banqueiro, por ser tão importante, poderia tratar direto com Marcelo Odebrecht. "Hoje, na imprensa brasileira, não tem uma linha que estabeleça a natural curiosidade de dizer: quem é este banqueiro?", colocou Ciro Gomes.
"Sendo que, no Brasil, o sistema financeiro tem cinco [banqueiros]. E se for grande, tem dois. Um dos dois é muito velhinho, não anda fazendo essa arrumação. Que é o doutor Lázaro Brandão. Opa, Houston, we have a problem", prosseguiu Ciro.
Em seu depoimento, Palocci declarou: "Um banqueiro me procurou e disse: 'olha, eu estou aqui mandatado por uma pessoa do governo e eu quero dizer que eu vou cuidar das coisas relativas a financiamento de campanha, a reservas, a provisões. Queria saber se você pode me ajudar'".
"Era em um lugar público, e ele é uma pessoa meio conhecida, então eu respondi: 'a presidente Dilma sabe que o senhor está aqui?'. Ele respondeu que não, mas que estava em nome de uma autoridade do primeiro escalão do governo", continuou o ex-ministro.
Moro então perguntou o que isso tinha a ver com a Odebrecht, e Palocci respondeu "eu vou chegar lá". O ex-ministro disse ao juiz que não gostaria de dizer o nome do banqueiro nessa audiência, porque era pública, mas que estava à disposição para dizer a Moro, sob sigilo, a informação que ele quisesse, e que isso poderia ser inclusive logo depois da audiência

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