Grupo Teatral Porão. Fotos: Filipe Peres |
Por Juliana Devides
Na última sexta, dia 14 de abril,
aconteceu a edição de comemoração de um ano de Sarau das CombAtivas, em
parceria com o Cineclube Cauim.
Contou-se com a presença do grupo teatral
Porão, que apresentou trecho de um espetáculo intitulado “Machismo: Animais
Anômalos”, que fala sobre a visão de uma sociedade presa na supervalorização do
que se diz intrínseco do sexo masculino, em detrimento do que se diz associado
ao sexo feminino, pela crença de que homens são superiores às mulheres.
Fez parte do elenco: Aurea Eaton, Brenda
Fabiano, Caroline Grechi, Gabriela Ferreira e João Ricci.
Atriz e integrante do Sarau das Combativas, Cristina Perin |
Em seguida, houve a oficina de teatro do oprimido
com a atriz e oficineira Cristina Perin, que faz parte da Companhia teatral
Vagalume e é integrante do sarau. Segundo ela, ao perguntar sobre as impressões
da oficina, disse as seguintes palavras: “As pessoas se doaram e se divertiram.
Em uma oficina que algumas pessoas não se conheciam, houve troca, toques,
olhares e crescimentos. Usando brincadeiras e danças como ferramentas,
conseguimos entrar em discussões tão importantes quanto as opressões e
violências, em especial sobre a cena de violência doméstica que foi construída
a partir do exercício proposto de teatro imagem, em que foram construídas cenas
com a finalidade de instigar os pensamentos e reflexões sobre as vivências da
sociedade.”
Tal oficina desencadeou uma roda de
conversa que gerou um debate sobre a violência doméstica e levantou
questionamentos, observações e trocas de vivências.
Nesta roda, as pessoas foram convidadas a se apresentar e algumas delas foram inclusas no grupo do sarau, para participar da construção do mesmo, que é horizontal e está aberto a quem quiser somar de forma colaborativa, da forma que se sentir identificado, lembrando que o protagonismo é da mulher.
Que este ciclo novo seja uma nova partida
para que o sarau continue avançando, crescendo e florescendo de forma que as
mulheres possam se empoderar mais e construir juntas, se estruturando para
lutar e reinvindicar seus direitos.
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