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| O direito de greve subjugado. |
Fotos: Filipe Peres
Oficialmente, a greve está judicializada. O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto recebeu a notificação que exige a volta dos 80% dos servidores ao trabalho. Ainda não foi definido, legalmente, o responsável pela elaboração da escala de servidores que irão trabalhar. Não se sabe, claramente, se esta responsabilidade cabe ao sindicato ou se cabe à prefeitura. Quem tem toda a lista é a prefeitura.
É importante saber que a greve não foi declarada ilegal. Ainda...
Pela manhã, servidores foram à Secretaria de Administração paralisar parte do serviço e protestar contra a medida que tirou do lançamento online a opção "abono de greve". Houve tumulto e a polícia foi chamada para retirar os manifestantes.
Às 16h00, no Sindicato Municipal dos Servidores, haverá a assembleia geral e a assinatura do ponto.
Opinião
Este oitavo dia de greve segue sem a vontade política de Nogueira para sentar e conversar com o seu servidor. Ele entende que é mais importante comparecer a eventos sociais no Pedro II, discursar sobre meritocracia, receber salvas de palmas acríticas do que dialogar com a classe trabalhadora e achar uma solução ao impasse que se arrasta.
Assim como nos anos de chumbo, o direito de greve pode estar indo parar atrás das grades. Se for considerada ilegal, na prática, haverá um precedente jurídico para criminalizar toda e qualquer luta coletiva por melhores condições salariais, melhores condições de trabalho. Afinal de contas, o equilíbrio de forças entre o estado e o trabalhador, entre o patrão e o assalariado só se dá, justamente, por que o lado mais fraco faz da coletividade, do seu grande percentual, uma arma de resistência.
A terceirização irrestrita passou. O negociado já vale sobre o legislado. No Senado, Sérgio Petecão (PSD) já coloca em pauta o fim do imposto sindical obrigatório. Por aqui, o vereador Fabiano Magalhães (DEM) já fala abertamente em Plano de Demissão Voluntária (PDV).
Sem meios legais, força e recursos para se defender, a situação pode piorar para toda a população, não somente ao servidor. E muito.
Alea jacta est.
Assim como nos anos de chumbo, o direito de greve pode estar indo parar atrás das grades. Se for considerada ilegal, na prática, haverá um precedente jurídico para criminalizar toda e qualquer luta coletiva por melhores condições salariais, melhores condições de trabalho. Afinal de contas, o equilíbrio de forças entre o estado e o trabalhador, entre o patrão e o assalariado só se dá, justamente, por que o lado mais fraco faz da coletividade, do seu grande percentual, uma arma de resistência.
A terceirização irrestrita passou. O negociado já vale sobre o legislado. No Senado, Sérgio Petecão (PSD) já coloca em pauta o fim do imposto sindical obrigatório. Por aqui, o vereador Fabiano Magalhães (DEM) já fala abertamente em Plano de Demissão Voluntária (PDV).
Sem meios legais, força e recursos para se defender, a situação pode piorar para toda a população, não somente ao servidor. E muito.
Alea jacta est.
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