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sexta-feira, 21 de abril de 2017

MST discute a Reforma da Previdência com os seus militantes


Trabalhadora rural estuda os parâmetros de aposentadoria praticados nos países desenvolvidos

Fotos: Filipe Peres

No segundo dia de ocupação da Usina Galo Bravo, utilizando o documento "Previdência: reformar para excluir? Contribuição técnica ao debate sobre a reforma da previdência social brasileira", elaborado pelo DIEESE, pela ANFIP e pelo próprio MST como base, o MST/Região de Ribeirão Preto-SP ofereceu um curso de formação sobre a Reforma da Previdência aos seus militantes. 

No curso discutiu-se questões como a restrição ao direito à Seguridade Social, o acesso a aposentadoria, a supressão do direito das mulheres se aposentarem com cinco anos a menos que os homens. A PEC 287 não leva em consideração a terceira jornada da mulher, submete-a a uma carga de contribuição e, ao mesmo tempo, de trabalho, extremamente injusta.

Um dos pontos mais falados durante o curso foi e eliminação dos 5 anos de idade para a aposentadoria do trabalhador rural. Devido ao árduo trabalho no campo, as condições desiguais de vida entre a cidade o meio rural, igualar as condições do trabalhador do campo com o da cidade é um verdadeiro crime.

Durante a atividade, os militantes desmistificaram o argumento da mídia hegemônica de que nos países desenvolvidos a idade mínima das pessoas para se aposentarem é 65 anos. Na verdade, no curso aprendeu-se que o que existe nos países desenvolvidos é a utilização da idade de 65 anos como referência e não como regra. O que acontece, de fato, nestas nações, em média, é o cidadão aposentar-se 8 anos antes da idade de referência.

No final, depois de um amplo debate, chegou-se a conclusão da importância da luta contra esta reforma que aumentará substancialmente a desigualdade de gênero e a precarização das condições de vida no meio rural e urbano.

Trabalhadores sem-terra se reúnem durante o curso de formação.


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