Páginas

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Ribeirão, polo educacional: de quem? Para quem? Para quê?

Fachada da E. E. Dr. Guimarães Júnior, a primeira escola de Ribeirão Preto.
A educação é um direito constitucional garantido a todos os brasileiros e brasileiras e estrangeiros residentes no país. Também de acordo com nossa constituição, a educação é um dever do Estado (União, estados e municípios) e das famílias. No entanto, apesar dos avanços, o país ainda patina para garantir esse direito a todos e Ribeirão Preto reflete um pouco este cenário nacional.

Nossa cidade é considerada um polo educacional por contar com grande infraestrutura nessa área (principalmente universitária) e receber estudantes de todas as regiões do país e do mundo. Mas afinal, quem tem o direito de estudar em Ribeirão?

A cidade conta com um campus da Universidade de São Paulo, USP, que oferece todo ano centenas de vagas de graduação e pós. Mas quem estuda na USP? 

Ribeirão também conta com inúmeras outras instituições de ensino superior que oferecem os mais diversos cursos (por exemplo, atualmente a cidade conta com 4 instituições que oferecem cursos de medicina, sendo 3 delas particulares). Mas, quem tem o direito de estudar nessas intuições?

No ensino médio, considerado o gargalo educacional brasileiro, e no ensino fundamental, a cidade também vai bem: são dezenas de escolas, tanto públicas quanto particulares. Porém nessas modalidades o grande diferencial é a qualidade. No entanto, devemos nos perguntar: quem pode estudar nas melhores escolas da cidade?

Já a educação infantil, agora também uma obrigação municipal, ainda carece tanto de muita infraestrutura (são centenas de mães a espera de vagas), quanto de qualidade. O que nos faz mais uma vez perguntar: quem tem o direito a creches e centros municipais de educação infantil?

São perguntas desse tipo que nos propomos a debater nesse espaço, O Calçadão, para que possamos mobilizar ações a fim de garantir, de fato, a todos os o direito à educação.

Ailson Vasconcelos da Cunha, professor e doutorando. Um eterno aprendiz.

4 comentários:

prof. Ailson disse...

Pessoal sintam-se a vontade para comentar....

O Calçadão disse...

Nossa Carta de 1988 é excelente e aguarda duas décadas e meia para ser posta em prática. A garantia real de direitos é uma luta de todos nós. Aguardando ansioso os próximos artigos. Parabéns, Baby!

Shirley disse...

Ailson gostei muito do seu texto. Acho que a educação realmente é à base de tudo, pois se queremos um país melhor, temos justamente que investir na educação. Ribeirão Preto deixa muito a desejar nesse aspecto, embora hoje tenhamos projetos como bolsa família, pró-uni, ainda sim é pouco. Lembrando que para um aluno passar numa USP, ter boa colocação em um Enem ele precisa da base de qualidade que é o ensino fundamental. Assunto complexo, porque temos professores bons, tanto no estado, como na prefeitura, mas são mal remunerados, muitas vezes não tem as mesmas condições que escolas particulares oferecem e em minha opinião o governo tanto estadual como municipal tinha sim que investir nas escolas e dar condições melhores até mesmo que as particulares, pois em países de primeiro mundo é assim e são justamente de primeiro mundo porque investem principalmente na educação. Em relação aos seus questionamentos a infraestrutura precisa ser melhorada e o amplo conhecimento de condições melhores de estudos precisa ser para todos. Como vamos fazer isso? Acredito que não dá só para reivindicar, atitudes também precisam ser tomadas e a primeira delas é informar as reais condições, como o calçadão já está fazendo. Mas, vamos juntos na luta sempre...

prof. Ailson disse...

Sim Shirley, pretendo abordar esses e mais alguns assuntos. Creio que a reflexão e o debate seja necessário para que possamos mobilizar ações, Não creio que vamos encontrar respostas, mesmo porque não sei se existe uma, mas o processo de busque, este sim é muito importante. Vamos nessa.

Ordem do Dia: Câmara vota doação de recursos a fundos municipais, trabalho para mulheres com mais de 45 anos e homenagem

  Propostas abordam geração de empregos para mulheres, captação de recursos para fundos sociais e concessão de título honorário.