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quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Alckmin recua diante do recado da juventude: "nós valorizamos a escola pública!"

Inesperado. Totalmente inesperado para o governo a organização e a combatividade estudantil em defesa da escola pública em São Paulo.

Alckmin e os tucanos paulistas estão acostumados a mandar, a resolver de cima para baixo com uma canetada truculenta e, quando contestados, como sempre foram pelos professores, mandavam a sua polícia baixar o porrete e "estamos conversados". Em São Paulo, em 21 anos de reinado, zero CPIs, ou seja, não há força no Estado que seja páreo ao tucanato.

Não havia.

Com os estudantes a coisa foi diferente. Nem mesmo Alckmin seria maluco de ferir em massa meninos e meninas que decidiram lutar por suas escolas.

Ocuparam suas escolas, denunciaram o absurdo da tal 'reorganização', acuaram os tucanos e ganharam o discurso na sociedade.

Parabéns a todos os movimentos estudantis organizados ou não que deram uma lição de consciência, tática de luta e democracia a todos nós.

Mas, para muito além de apenas conquistar essa enorme vitória, a de fazer um governo truculento recuar, está o maior de todos os recados: a juventude valoriza a escola pública, a juventude ainda sonha em construir uma Educação de qualidade e defende a sua comunidade.

Sei de muitos que já desistiram da educação pública paulista, considerada um depósito de meninos e meninas pobres e sem futuro ou um covil de violência onde o saber não mais frequenta.

Mentira. Engano.

O que faltam não são os sonhos juvenis, faltam políticas públicas inclusivas que envolvam a escola pública, que a faça se reerguer, junto com seus estudantes.

21 anos de tucanato não destruiu os sonhos dos jovens da periferia! Maravilha!

Que essa unidade reflita daqui para frente. Vamos debater a escola pública paulista, vamos defendê-la no dia a dia, vamos nos unir aos jovens.

Vivemos recentemente um período de 13 anos de muita inclusão social, incluindo a educação, mesmo apesar das inúmeras falhas. O ENEM veio revolucionar colocando alunos do Brasil todo em condições de disputar uma vaga nas universidades federais. As cotas estão mostrando que foram a melhor solução para colocar a juventude negra nas universidades.

Falta a revolução do Ensino Básico.

10% do PIB em educação, nada de cortes orçamentários, garantir as verbas do pré-sal, valorizar os professores, aproximar a comunidade da escola!

Os sonhos e a guarra mostrados pela juventude paulista merecem a nossa luta.

Em frente!

Ricardo Jimenez


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