Em nota, a Central de Movimentos Populares (CMP) diz
que a Polícia Militar de São Paulo agiu com "truculência e abuso de
autoridade" contra uma vendedora ambulante que estava trabalhando durante
protesto neste domingo 18, contra as pessoas que tentaram defendê-la, jogando
spray de pimenta, e contra jornalistas
Neste domingo, durante ato pelo Fora Temer na
Avenida Paulista, policiais agrediram uma vendedora ambulante, tentaram levar
sua caixa com água e reagiram com spray de pimenta contra as pessoas que
estavam no local tentando defender a mulher. Ela foi derrubada no chão e
agredida pelos PMs.
A polícia também agrediu jornalistas, tentou tirar o
celular de uma repórter, jogou spray contra o ex-senador Eduardo Suplicy
(PT-SP), que tem 70 anos, e o ameaçou atacar com cassetete. Leia abaixo a nota
da CMP:
A CMP (Central de Movimentos Populares) repudia a
violência da Polícia Militar do Estado de São Paulo que com truculência e abuso
de autoridade investiu contra uma vendedora ambulante que estava trabalhando
durante o Ato Fora Temer, ocorrido na Avenida Paulista, neste domingo, 18/09,
organizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
É importante ressaltar que o Ato transcorria
normalmente com a participação pacífica de defensores da democracia, lideranças
de movimentos sociais, sindicais e políticas, além de artistas, quando
policiais tentaram arrancar da vendedora ambulante sua caixa de isopor, a
atiraram ao chão e a imobilizaram.
Indignados com as cenas de violência, parlamentares,
lideranças de movimentos sociais e parte dos manifestantes tentaram impedir que
os policiais continuassem agredindo a trabalhadora. Diante dos protestos e
vaias dos participantes, policiais jogaram spray de pimenta e desferiram golpes
de cassetetes contra pessoas que tentavam socorrer a vitima.
Também foram alvo da truculência policial,
profissionais da imprensa que registravam as cenas chocantes, com empurrões e
tentativa de subtração de equipamentos, numa flagrante violação à atuação dos
profissionais.
A CMP vem a público denunciar e defender o basta de
repressão e violência da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que tem sido
constantes nas manifestações contra o governo Temer.
A recorrência da opressão às manifestações cria um
clima de medo e acaba por coibir e impedir o exercício do direito à livre
expressão e manifestação, garantidos na Constituição Federal.
A CMP reafirma a defesa da democracia, o direito à
livre manifestação e expressão. Não aceitamos a banalização da violência nos
protestos contra um governo ilegítimo. Violência não! Democracia sim!
São Paulo, 19 de Setembro de 2016
Central de Movimentos Populares
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