A crise interna no PSDB é grave.
A postura de Aécio se impõe como principal apoiador de Temer (por uma questão de sobrevivência de ambos) e causa um racha interno sem precedentes na legenda.
O PSDB não tem candidato viável para 2018 e o embarque do partido no golpe e no desgoverno empossado pelo golpe estão sendo destrutivos no ninho tucano.
Mas, e em São Paulo, há possibilidades de uma derrota tucana em 2018?
Essa é uma pergunta interessante quando, junto com ela, nos perguntamos também qual a herança, o legado do PSDB em São Paulo nesses quase 24 anos?
Pesquise um pouco e verá que as perguntas acima não são de resposta fácil.
O poder do PSDB no Estado é real mas seu legado é bastante questionável.
O que é a educação pública paulista após 24 anos? Exonerações em massa de docentes, o 13o salário do país e fechamento de escolas e salas de aula?
O que é a saúde paulista após 24 anos? Terceirização e privatização da saúde, entregando hospitais e ambulatórios para as OSs?
O que é a segurança pública nos 24 anos do PSDB em São Paulo? Uma polícia militar temida nas periferias, uma polícia civil sucateada e o crime organizado ainda operando o tráfico de drogas e armas?
Procure você, leitor, algo que o PSDB tenha feito com expertise em São Paulo, em qualquer área, ambiental, cultural, esportiva. Nem mesmo na ampliação do metrô, lenta e repleta de denúncias de corrupção.
Aliás, está aí algo que o PSDB faz com expertise em São Paulo: controlar com mão-de-ferro uma maioria na Alesp que evitou que se abrisse sequer uma CPI, uma investigação em 24 anos. Até aquela que saiu a forceps sobre o merendão terminou em pizza.
O PSDB governa o Estado desde 1994 e detém grande poder de articulação tanto entre os representantes do grande capital (mídia incluída) quanto no rame-rame da pequena política (incluindo lideranças, vereadores e prefeitos em todos os municípios do Estado).
Esse é o verdadeiro poder tucano no Estado.
Portanto, derrotar o PSDB em São Paulo não é tarefa fácil nem em momentos de crise. Nem mesmo diante da lambança de Alckmin ao fazer de Dória prefeito de São Paulo.
E o campo progressista, principalmente o PT, ainda não tem um candidato de peso assumindo a tarefa de conduzir uma candidatura a governador. Suplicy, Haddad e Luiz Marinho ensaiam algo, mas ainda sem muita musculatura.
E Serra vem aí, de novo!
Ricardo Jimenez
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