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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Lula/Haddad vs Bolsonaro: uma ideia contra uma mentalidade!

Uma ideia vs uma mentalidade
Apesar de as mais recentes pesquisas mostrarem Ciro Gomes em um segundo lugar, fazendo muitos começarem a apostar em um voto útil no pedetista para derrotar Bolsonaro, começa hoje, terça (11/09/2018), a caminhada para o verdadeiro embate do segundo turno.

O embate será entre Fernando Haddad (representando a voz de Lula) contra Jair Bolsonaro.

Será um embate muito peculiar.


Haddad e Manuela farão campanha representando Lula, que está colocado neste momento, preso e sem direito a voz e imagem, como uma ideia que percorre o Brasil na mente e no coração de milhões de brasileiros que sonham com a volta do Brasil de Lula, de um Brasil mais feliz e justo.

É uma ideia que agrega, que envolve pessoas em uma corrente de esperança e alegria e que confronta e afronta a covardia do golpismo.

Do outro lado está Bolsonaro que, após a facada, também não está fisicamente na campanha, e ninguém sabe dizer quando poderá estar. Bolsonaro, neste momento, representa uma mentalidade, um sentimento e uma visão de mundo que ficou latente à espera de voltar à tona.

É a mentalidade que legitimou e se fortaleceu durante a ditadura militar. A mentalidade do ódio, principalmente ao mais fraco e ao diferente. A mentalidade que valida e naturaliza a desigualdade. A mentalidade que justifica a violência e que rebaixa, tripudia, despreza e distorce os direitos humanos.

Essa mentalidade sempre esteve presente no Brasil, mas ficou no armário porque a narrativa da reconstrução democrática pós ditadura não dava espaço para sua atuação.

Mas o golpe que está sendo construído desde 2013, que rebaixou a política, feriu a democracia e promoveu e promove a violência contra Dilma, Lula e o trabalhador, libertou essa mentalidade. Seus adeptos se sentiram livres para proferir suas ideias racistas, machistas, discriminatórias e violentas novamente.

Isso explica o porquê de em mais de 30 anos de carreira política, sempre dizendo as mesmas sandices, só agora Bolsonaro se torna uma liderança nacional prestes a ir a um segundo turno de uma eleição presidencial

É porque agora Bolsonaro, a pessoa, o boçal de sempre, surfa na onda da mentalidade que se libertou.

Dessa forma, teremos um embate entre duas lideranças nacionais que não estarão fisicamente na campanha. Lula por estar preso político pelo golpe e Bolsonaro por ter sofrido um atentado.

Mesmo assim, o embate ocorrerá.

A ideia vai se confrontar com a mentalidade.

E, se houver um restinho de democracia e de legitimidade nestas eleições (esperemos que sim), a ideia vencerá, por um simples motivo: tem muito mais gente buscando a felicidade do que o ódio. A felicidade agrega e constrói enquanto o ódio segrega e destrói.

A felicidade é mais gostosa.

Viva a ideia de um Brasil que precisa voltar a ser feliz e que a esta ideia se juntem todos os democratas, progressistas e nacionalistas que desejam reconstruir as bases de um país soberano, democrático, desenvolvido e inclusivo.

PS: este artigo é em homenagem ao amigo e  extraordinário professor Antônio Alberto Machado, com quem tive a honra de conviver por 6 horas no dia de ontem e com quem nunca me canso de aprender.

Ricardo Jimenez

Um comentário:

Unknown disse...

Excelente! Vamos para o embate, rumo à vitória!!!

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