Ao invés do recolhimento e do cuidado com o pai, a tentativa de faturar uns votos Ilustração Brasil 247 |
Em 2014, a tragédia da morte do candidato Eduardo Campos, mais ou menos na mesma altura da atual campanha eleitoral, causou comoção e, ao mesmo tempo, espanto em relação ao comportamento de Marina Silva tanto diante do caixão do morto quanto pelo desprendimento e entusiasmo com que deixou a vice e assumiu a vaga de candidata.
Nesse momento em 2014 a mídia conduzia a tragédia para a narrativa de Marina vencer no 1o turno |
E agora ocorre a facada em Bolsonaro.
Ao invés de o Brasil e seus líderes dialogarem para tentar superar a clima de ódio, de desesperança e de confusão que assola o país, ocorre que mais um ato de oportunismo eleitoral surge em plena campanha pegando carona na comoção midiática.
A começar pelo vice de Bolsonaro. Há tempos que Mourão sonha em melar as eleições a partir de algum fato grande que possa justificar uma intervenção militar.
Ele já disse várias vezes que se Lula conseguir alguma vitória jurídica em sua luta contra a condenação e a prisão injustas haverá uma reação 'militar'. E ontem não perdeu tempo em, irresponsavelmente, acusar o PT pelo incidente com Bolsonaro.
O Brasil está doente desde 2013. Uma doença que gera ódio e desavença a partir de um projeto golpista que já dura 5 anos e que ainda luta para se manter no controle das coisas.
Nossa democracia está ferida e sangra durante essa campanha que, pelo cenário, tende a não resolver a grave crise que assola o país.
O quadro em 2018 é bem pior que o de 2014, mesmo dentro do mesmo organograma golpista, mas torçamos para que esse caso seja digerido pelo povo e que o processo eleitoral volte ao caminho 'normal', como ocorreu em 2014 após a tragédia com Eduardo Campos e o furor inicial de marina.
Esperemos que o indicativo do povo em votar majoritariamente em propostas mais nacionalistas, democráticas, desenvolvimentistas e inclusivas que perfazem, principalmente, os programas e a história política de Lula/Haddad e Ciro possa se confirmar e que ambas propostas estejam unidas e saiam vitoriosas em um segundo turno. E que esta vitória possa trazer um governo com um olhar cuidadoso no processo necessário de reconstrução de nossa democracia e em nossa missão como nação.
É preciso interromper o ódio e trazer a esperança, a tolerância e a alegria de volta.
Blog O Calçadão
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