O tema da reforma política é tratado há mais de uma década no Brasil mas nunca saiu do papel porque a reforma política que realmente interessa à nação e ao povo bate de frente com um sistema viciado e que só privilegia a relação promíscua entre público e privado e que financia as caríssimas campanhas eleitorais que cada vez mais elegem os representantes do capital em detrimento do trabalhador.
Quanto custa hoje uma campanha para deputado federal? Quanto custa uma campanha para eleger um vereador de uma cidade média como Ribeirão Preto? Quem financia tudo isso e com quais interesses?
Vemos hoje na tal operação lava jato, apesar dos vazamentos seletivos anti-petistas cometidos pela aliança dos golpistas do Paraná com a emissora da ditadura, que o envolvimento de empresários com políticos vai muito além da opção ideológica do sujeito. São 5 milhões de reais numa campanha para deputado aqui, 2 milhões para outra acolá, uma propina dada ali e outra acolá. Tudo com o objetivo de fazer o poder público refém de interesses que nada tem em comum com os interesses do povo brasileiro.
Junte-se a tudo isso um país onde impera uma mídia monopolista criada e engordada na ditadura e teremos uma crise de legitimidade, onde o cidadão comum é levado a colocar todo mundo no mesmo saco e a considerar a prática política um lixo. É nesse clima que cresce o golpismo e a democracia se enfraquece, e quem mais perde é sempre o povo e o desenvolvimento autônomo do país, já em risco de perder as conquistas sociais alcançadas nos últimos 12 anos.
Não há como defender uma reforma política que não tenha no seu cerne a proibição de doações de empresas para campanhas políticas! E, vejam, essa proposta é defendida pelos partidos progressistas mas é veementemente combatida pelos partidos conservadores e pela mídia. Percebem? Os golpistas que se colocam como donos da moral, mas que estão envolvidos nos mesmos esquemas aqui, aqui e aqui, são os que se colocam na linha de frente no combate à única proposta salutar de reforma política.
54 milhões de brasileiros votaram nas últimas eleições, embora não totalmente satisfeitos, em uma proposta política que afrontou duramente o discurso dos golpistas da moral falsa. 54 milhões de brasileiros se colocaram em defesa do emprego, da renda e na contramão do discurso neoliberal. 54 milhões de brasileiros estão à espera de uma reforma política que caminhe na direção do povo.
Em um país onde um Ministro do STF obstrui o debate mais importante da reforma política sem justificativa plausível e em clara aliança com setores golpistas, é da ação política do governo que nós, 54 milhões, esperamos e dependemos. É a hora da verdade, chega de mentiras, chega de golpes contra o povo.
Quero viver em um país onde os cargos políticos sejam ocupados com pedros, silvas, gente trabalhadora do povo e não por um janota financiado por empreiteiras e que vive de enganar as pessoas em conluio com um mídia podre!
Plebiscito Já!!!
Ricardo Jimenez
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