terça-feira, 19 de abril de 2016
O voto do Bolsonaro e a cuspida linda de Jean Wyllys!
Jair Bolsonaro é um escroto e ídolo dos analfabetos políticos.
Figuras como ele sobrevivem e se alimentam da negação da política, do ódio, do discurso preconceituoso, fascista e falso moralista que tanto fascina aqueles cuja complexidade da política é cognitivamente inacessível.
O seguidor de Bolsonaro necessita de um líder que 'diga o que fazer', de maneira simples e direta, necessita de alguém que exponha em público a podridão que dorme dentro de si mas sem coragem para ser expelida.
O figurino de defensor do regime militar cai como uma luva para ele, que há anos se reelege em cima disso.
Bolsonaro defende uma ditadura que ordena o que fazer, que 'limpa' o que considera sujo, que só mostra coisas boas na televisão e que aplica naquele que sai fora do sistema um castigo justo que aplaca a sede de sangue da massa em fúria. Assim, o típico seguidor de Bolsonaro não precisa pensar, apenas agir de acordo com a ordem estabelecida e se vingar da sua vida pobre no sangue dos pecadores que caem nas garras do sistema.
Toda a confusão do nosso sistema político, todas as suas nuances e a necessidade da análise do processo histórico para entender o presente a partir do passado é coisa que pira a cabeça de um fascista seguidor do 'Bolsomito'.
A grande mídia sabe disso e, com certa cautela, constrói a narrativa certa para produzir o movimento de manada sempre que considera necessário. Foi assim no passado, é assim hoje.
Bolsonaro se sentiu confortável em dar o seu voto homenageando o regime de 1964 e um assassino torturador como Ustra porque sente que o momento criado pelo golpismo atual e pela mídia assim o permite.
Quando o 'Bolsomito' vomitou na cara do Brasil seu discurso de latrina, afrontando a mulher Dilma
Roussef, torturada por Ustra, as bolsonetes gozaram no sofá de casa, o cidadão comum ouviu inerte e a mídia tratou como coisa corriqueira.
Afinal, não foi tratado como coisa corriqueira uma mulher e Chefe de Estado ser insultada por uma malta elitista e preconceituosa num estádio de futebol?
Mas eis que surge Jean Wyllys e seu cuspe salvador!
O cuspe de Jean retirou-nos da apatia, nos devolveu o sangue, mostrou ao vivo e à cores o espetáculo de latrina que ali se processava.
O cuspe de Jean nos lavou a alma. O cuspe de Jean fez justiça não só à mulher Dilma ou às mulheres torturadas por Ustra, inclusive com ratos colocados em suas vaginas, o cuspe de Jean fez justiça aos homossexuais, aos negros, aos indígenas, aos quilombolas, aos pobres marginalizados e à todas as minorias vítimas do ódio representado pelo ídolo dos analfabetos políticos.
Obrigado, Jean!
Foi o cuspe mais lindo da República!
Ricardo Jimenez
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