terça-feira, 10 de maio de 2016
Não reconhecer governo golpista e seguir na resistência com Dilma!
Muitos companheiros valorosos e de respeito têm repetido o mantra de que "o golpe já está dado".
Apesar de eu não mais alimentar esperanças na via institucional, principalmente no STF, como instrumento de desconstrução o golpe, acredito que ainda há muita luta pela frente.
Eu concordaria com a frase de que o golpe já está dado se eu visse na posse de Temer a concretização do golpe.
Não vejo.
Eu prefiro caminhar com Dilma, pois a sua atitude e a sua postura diante do seu afastamento de 180 dias mostram que para ela o golpe não está dado.
É preciso não reconhecer nem por um segundo a legitimidade de um governo golpista, construído sobre o poder criminoso de Eduardo Cunha e sobre a campanha fascista de uma mídia monopolizada e interessada em botar a mão na grana do Estado para se salvar da falência.
É necessário seguir na resistência com Dilma e não dar trégua ao governo ilegítimo, fraco e anti-popular do vice conspirador. A opinião pública é o alvo!
Dilma precisa ir à luta e todos precisamos segui-la.
Dilma nunca foi uma grande Presidente, é fato, mas o povo brasileiro deve perceber cada vez mais que estão derrubando a única política honesta para colocar no lugar o sindicato do crime, do arrocho e da repressão popular.
É preciso perceber que Dilma está sendo afastada por um conluio criminoso e golpista simplesmente porque ela passou a dificultar as falcatruas e resolveu bater de frente com o gangster Cunha e com todo o sistema corrompido e sustentado no financiamento empresarial.
Dilma bateu de frente com a máquina do Judiciário ao vetar um aumento vergonhoso de 78% para a categoria, uma das pautas-bomba impostas por Cunha para sabotar o governo.
O movimento anti-golpe não tem força para reverter o golpe no Parlamento, todo dominado pela força do golpismo, e nem no Judiciário, coagido pela mídia e pelo sistema dissidente construído a partir de Curitiba.
Mas o movimento anti-golpe não está isolado! Temos grande caminho para trilhar na sociedade e o apoio internacional cresce.
Dilma deve liderar este movimento, denunciar a farsa e trazer junto cada vez mais gente.
Vão tentar prender Lula, vão buscar reprimir os movimentos populares, a mídia vai construir uma narrativa de criminalização dos movimentos populares, mas é aí que pode ser dada a virada do jogo! O golpismo não é uniforme e Temer é um fraco.
Estamos em meio a uma gravíssima crise de legitimidade do sistema político e nestes 180 dias muita coisa pode acontecer e tudo pode desaguar em um plebiscito que indicará o rumo que o povo quer que o país tome, pois um governo Temer não é a saída, é apenas o agravamento da crise.
Não reconhecer nenhum governo golpista e seguir na resistência com Dilma, o jogo nem começou.
O apito inicial da resistência se dará neste 10 de maio!
Ricardo Jimenez
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