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sábado, 18 de junho de 2016

Ato na Praça 7 de setembro em Ribeirão lembra morte da jovem Luana Barbosa!

No dia 8 de abril Luana Barbosa dos Reis foi vítima de uma ação brutal da polícia militar do estado de São Paulo. Em decorrência do espancamento, foi internada chegando a óbito cinco dias depois.
A história de Luana é uma dentre tantas histórias particulares que fazem do Estado brasileiro uma máquina de matar corpos negros. 

A cada 23 minutos histórias como a de Luana se repetem em todo o país, e já chega a 77% a fração de negros dentre os jovens brasileiros que morrem por causas não naturais.

Luana era negra e era também mulher, mãe, lésbica e periférica. Não à toa, estava dentre os principais alvos daquela que é a mão armada do Estado genocida brasileiro, a Polícia Militar. Não à toa, também, a violência de que foi vítima reflete não só o racismo estrutural e institucional que aqui existe e continua a se perpetuar, mas também o machismo e LGBTfobia que, em corpos de Luana, se atravessam de forma cruel.

É por todos os irmãos negros cotidianamente vitimizados pelo racismo institucional do estado brasileiro, por Amarildo, por Cláudia, por NENHUMA LUANA A MENOS que movimentos negros, de causas LGBT e feministas se reuniram para a construção da primeira Caminhada de Lésbicas e Bissexuais Ngeras em Ribeirão Preto. O evento terá como mote principal exigir do Judiciáro brasileiro que os policiais envolvidos na morte de Luana sejam julgados na Justiça Comum, pela consciência de que o julgamento em Justiça Militar é de certa impunidade.


Convocamos todos aqueles que, ao nosso lado, se colocam na luta pelo combate ao Genocídio da Juventude Negra, ao machismo e à LGBTfobia para juntos compormos essa Caminhada, buscando construir um ato de peso, capaz de gerar impacto tanto nas nas mídias e redes sociais, quanto de tornar pública à cidade de Ribeirão Preto a história de Luana e seu direito de justiça.


Acreditamos que só através da visibilidade e comoção acerca do caso, é que será possível um julgamento efetivo em Justiça Comum, capaz de punir aqueles que são os verdadeiros responsáveis pela morte de Luana. Nós não vamos deixar mais uma mulher lésbica, negra e periférica entrar pras estatísticas sem que a Polícia Militar pague por isso.

Por NENHUMA LUANA A MENOS, não iremos esquecer.


O ato na praça 7 contou com a presença de vários coletivos negros, feministas e LGBTs, além de ativistas de Ribeirão Preto.


Para maiores informações, consultem a página do grupo Nenhuma Luana a Menos no facebook

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