Mesmo não concordando com a proposta, porque, na nossa opinião, se Dilma não cometeu crime e o impeachment é uma farsa, ela deveria ser reassumir seu posto e governar até 2018.
Mas somos obrigados a concordar que esta é uma saída difícil, pois o pacto político foi desfeito a partir da não aceitação da derrota por parte do PSDB e do golpe liderado pelo PMDB de Cunha e Temer, apoiados pelo centrão fisiológico.
A simples volta de Dilma não repactuaria as forças e poderia manter o Brasil mergulhado na crise.
Mas, independente da nossa opinião ou da opinião de qualquer um, Dilma e somente Dilma é quem tem no Brasil a legitimidade para propor saídas políticas e pactos sociais para vencer a crise.
Se Dilma acena com plebiscito, vamos com ela.
Dilma mais uma vez mostra dignidade, espírito público e honradez.
É uma mulher de cabeça erguida e sempre será.
Dilma se movimentou e a sociedade precisa responder a ela.
O Brasil precisa se livrar da banda podre que assumiu o poder com o golpe e isso tem de ser feito pelo povo e não pela Lava Jato.
Aliás, a repactuação com a participação popular pode inclusive envolver a Lava Jato, que precisa imediatamente ser libertada da seletividade anti-petista e cumprir seu papel democrático. Do jeito que está a Lava Jato serve ao golpe e só contribui para a grave crise que o país atravessa.
Um plebiscito que defina a saída para a crise deverá também versar sobre a proibição de doações empresariais de campanhas, fundamental ação para combater de fato a corrupção no país.
Enfim, Dilma, com a legitimidade de 54 milhões de votos propôs o caminho. O Senado deve reconduzi-la ao seu cargo, encerrando essa farsa do impeachment, e ela, sentada na cadeira da Presidência, deve conduzir a repactuação política que ela,junto com o povo, achar melhor.
O Calçadão
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