A condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães é mais um atentado grave ao Estado Democrático de Direito produzido pelo juiz de Curitiba à frente da força-tarefa da Operação Lava-Jato!
Se o caso em si já é um abuso, o argumento dos motivos é algo inaceitável em uma democracia constitucional. É uma violação da liberdade de expressão e do direito à informação com proteção das fontes.
Alegar que o blogueiro não é jornalista e que, portanto, deveria ser conduzido a prestar esclarecimentos na PF é uma ameaça frontal a todos aqueles que buscam produzir no Brasil um campo de mídia alternativa utilizando das ferramentas da internet.
O Brasil não pode mais tolerar esse abuso! Ou o juiz de Curitiba pode fazer o que bem entender e está acima da Constituição?
Vejam o relato da esposa de Eduardo Guimarães contido no blog Viomundo:
“A Polícia Federal chegou às 5 da madrugada. Os policiais não deixaram o porteiro interfonar. Subiram direto. Esmurraram a porta, falando “É a Polícia Federal”.
Como eu estava de camisola, pedi um minuto para trocar de roupa.
Nisso, o Edu já estava na porta para atendê-los.
Entraram revirando tudo, inclusive o nosso quarto.
O Edu foi no camburão da PF, eles não deixaram que ele fosse no próprio carro.
Levaram o computador e o celular dele.
Voltaram há pouco, sem nenhum mandado, para pegar também o meu celular”.
A argumentação do juiz de Curitiba só causa ainda mais espanto: o blogueiro não é jornalista e, portanto, não poderia 'vazar' o que recebeu de uma fonte sobre o caso da ILEGAL condução coercitiva de Lula em março de 2016.
Inacreditável.
Senhor juiz de Curitiba, grande parceiro da mídia hegemônica, o senhor ainda terá que explicar muito sobre a condução coercitiva de Lula (um dos episódios mais sombrios pós-Constituição de 1988), sobre os vazamentos dos áudios da Presidente da República e, agora, sobre esse caso que cheira a vendetta e à tentativa de demonstração de força e ameaça.
O Brasil é maior do que você e seus amigos.
Blog O Calçadão
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