A história que levou Temer ao poder não pode ser esquecida e obrigatoriamente deve estar presente nesse momento em que o grito Fora, Temer volta a ganhar força após a segunda denúncia da PGR e após o encontro de 51 milhões de reais em dinheiro vivo no apartamento do Geddel.
Dilma se reelege a despeito de todo um sistema montado antes da eleição, unindo já mídia e Lava Jato, para evitar a sua vitória, incluindo uma capa da Veja na véspera da votação com uma informação mentirosa sobre uma 'delação' do doleiro Yussef dizendo que "Lula e Dilma sabiam".
Dilma assume buscando agradar o mercado com Joaquim Levy, buscando pactuar no Congresso medidas que dessem fôlego ao país para controlar o déficit público na crise que chegava, já que nos últimos três anos o governo federal, para manter o emprego, fizera, em média, 90 bilhões ao ano de renúncia fiscal.
Nada de acordo.
Eduardo Cunha assume a Presidência da Câmara (cada vez mais claro que com compra de votos com grana da corrupção) e faz uma aliança com Aécio Neves: a política do quanto pior, melhor.
Hoje sabemos que Dilma, desde 2012, operava contra esquemas de corrupção em Furnas, na Petrobrás e na Caixa, e sabemos também, pela delação de Funaro, recente, que o grupo de Temer conspirava para assumir o poder.
De fato, Dilma não governou entre janeiro de 2015 e abril de 2016. Tudo foi boicotado.
O 'quanto pior, melhor', funcionou.
A crise se agravou e o discurso 'anti-corrupção' (contra o PT) ganhou força na classe média e o 'Brasil' foi às ruas com a camiseta da CBF/Nike. Movimentos como MBL e Vem Pra Rua dividiram os holofotes da mídia com políticos vestindo camisetas com Fora, Dilma ou com uma mão com 4 dedos, se referindo a Lula.
O MBLpousou ao lado de Cunha, Aécio e Serra subiram no palanque do Vem Pra Rua, Agripino Maia, Geddel e Jucá pediram o fim da corrupção. Foi uma festa transmitida ao vivo na Globo.
Dilma caiu e a dupla Temer/PSDB assumiu com um programa 'Ponte Para o Futuro', neoliberal e cujo conteúdo foi derrotado nas urnas em 2002, 2006, 2010 e 2014.
Hoje, a despeito de sabermos que Dilma foi derrubada por um conluio golpista, de sabermos que Curitiba tem o único objetivo de destruir Lula e que a Globo quer derrubar Temer para poder ficar mais fácil conduzir a agenda neoliberal, é o 'Ponte para o Futuro' que nos governa.
Resumindo, é assim:
Primeiro, a gente tira a Dilma...
Depois o Temer/PSDB assumem,
implantamos o neoliberalismo sem voto,
aí, a gente mela as investigações,
faz uma reforma política pra bancada BBB,
acaba com a aposentadoria,
acaba com os direitos trabalhistas,
acaba com os programas sociais,
acaba com o emprego,
acaba com o SUS,
privatiza a educação,
terceiriza o serviço público,
entrega o pré sal,
aí, a gente mela as investigações,
faz uma reforma política pra bancada BBB,
acaba com a aposentadoria,
acaba com os direitos trabalhistas,
acaba com os programas sociais,
acaba com o emprego,
acaba com o SUS,
privatiza a educação,
terceiriza o serviço público,
entrega o pré sal,
garante os juros pro mercado por 20 anos,
renova a concessão da Globo,
criminaliza os movimentos sociais,
tiramos Lula do pareo...e
pronto,
reconquistamos o Brasil em 2018 com Bolsonaro, com Dória, com Meirelles, com Marina ou com qualquer um que reze a nossa cartilha de 'cidadãos de bens'.
renova a concessão da Globo,
criminaliza os movimentos sociais,
tiramos Lula do pareo...e
pronto,
reconquistamos o Brasil em 2018 com Bolsonaro, com Dória, com Meirelles, com Marina ou com qualquer um que reze a nossa cartilha de 'cidadãos de bens'.
É contra isso tudo que precisamos gritar Fora, Temer!
Ricardo Jimenez
Ricardo Jimenez
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