Se há povo mobilizado hoje, ele está nas caravanas!
Foto Brasil 247
Foto Brasil 247
Lula (PT) lidera todas as pesquisas de opinião para as eleições presidenciais de 2018 com 35% ou mais. Sem Lula, quem mais se beneficia é Ciro Gomes (PDT), outro que encampa atualmente o discurso anti-golpe e anti-neoliberal.
Enquanto isso, o campo golpista, de direita e neoliberal se divide entre o discurso intolerante de Bolsonaro, a dubieza frouxa de Marina e a hipocrisia botocada tucana. Até Luciano Huck se assanha a encabeçar a candidatura defensora do sistema financeiro.
Diante disso, a pergunta é: o que esperar de 2018?
O golpe ainda não terminou.
Curitiba ainda tem de concluir sua missão existencial: condenar Lula.
O campo fisiológico da política mostra que tem força para fazer valer no Congresso a continuidade do clientelismo e patrimonialismo que o sustenta.
A grande mídia mostra-se disposta a levar adiante uma candidatura que represente os interesses do 'mercado', liquidando o que resta do sistema público de saúde, educação e seguridade social contido na hoje combalida e ameaçada Constituição de 1988.
O proto-fascismo saído das tumbas em 2013 fortalece Bolsonaro a partir do aprofundamento de uma crise criada e mantida pelo próprio sistema golpista também fortalecido em 2013.
Com esse cenário, 2018 é uma incógnita.
Hoje é forte a expectativa de uma condenação de Lula a partir de Curitiba e a aprovação do parlamentarismo, ou coisa similar, por um Congresso que já mostrou-se claramente capaz de operar em causa própria se maiores preocupações com o país ou com a opinião pública.
A única força capaz de movimentar essa balança seria a força do povo, canalizada em um amplo movimento em defesa da democracia e dos direitos.
Mas são bastante tênues as articulações nesse sentido.
Temos as caravanas de Lula e as palestras de Ciro, além das pautas das centrais sindicais e movimentos sociais, muito mais defensivas do que propositivas à essa altura.
Continuo mantendo a opinião de que é ao redor de Lula que deve ser feita a construção de um programa nacional anti-golpe, pró democracia e direitos e pró desenvolvimento.
Se há povo em algum lugar hoje, ele está nas caravanas!
Ricardo Jimenez
Nenhum comentário:
Postar um comentário