O mais rejeitado da História |
Estamos completando dois anos da grande conspiração que derrubou, por um golpe jurídico-parlamentar, uma Presidente legitimamente eleita com 54 milhões de votos, honesta e que buscou atrapalhar os esquemas de corrupção de uma trinca da pesada: Temer, Aécio e Cunha.
Não só Dilma foi vítima de conspiração, o Brasil foi golpeado, o povo foi golpeado.
A carta de Temer a Dilma é um exemplo histórico da confissão por escrito de uma traição e da pequenez de um traidor.
Um conjunto de forças políticas, jurídicas e midiáticas traçaram uma agenda de golpe no país, ferindo a democracia e ferindo um projeto político aprovado nas urnas por quatro eleições seguidas e responsável por um processo de desenvolvimento com inclusão social.
Apesar de não haver total unidade no campo golpista, com a Globo preferindo trocar Temer e Aécio por algo menos sujo, como Rodrigo Maia e Carmen Lúcia, a agenda política do golpe avançou.
O programa Ponte para o Futuro, elaborado pelo 'mercado rentista' para a aliança inicial entre Temer e Aécio, acabou com a CLT, congelou os orçamentos públicos por 20 anos e gastou bilhões de reais do povo para comprar votos no Congresso contra as denúncias por parte de Janot, ex-PGR.
Antes, durante o ano de 2015, sob liderança de Eduardo Cunha na Câmara e de Aécio Neves no Senado, o governo Dilma, já baqueado pelas irresponsabilidades de Joaquim Levy, foi totalmente sabotado, na tentativa de aumentar a crise e o movimento pelo impeachment. Estratégia que contou com a colaboração do STF, que só afastou Cunha da Câmara depois de concretizado o golpe do impeachment.
O resultado foi o caos econômico e social: desemprego de 14%, aumento da pobreza, rombo fiscal histórico, paralisação dos investimentos públicos, cortes e ameaças de diminuição da saúde e educação públicas e uma total rejeição popular contra Temer, o mais rejeitado da história.
Enquanto isso, o campo jurídico do golpe, tutelado pelo canhão da mídia hegemônica, e que teve um papel fundamental na farsa do impeachment, cuida da destruição de Lula e do PT, pois Lula, com sua liderança e seu legado, é o grande obstáculo ao avanço do golpe e à aplicação completa da agenda neoliberal no país.
Um apartamento que nunca foi de Lula serviu para uma condenação sem provas feita no coração jurídico do golpismo: Curitiba. Um juiz de primeira instância tem carta branca para caçar e eliminar politicamente a maior e mais querida liderança política do país.
Em uma eleição sem Lula é mais fácil consolidar o golpe, dando um viés de legitimação a tudo.
Lula resiste, mesmo diante de tentativas dentro do campo progressista de isolá-lo, mantendo de dentro da masmorra sua correta posição de candidato, como forma de desafio ao golpe e de continuidade de diálogo com o povo, como estava sendo feito nas caravanas.
Até o momento, o povo, em massa, só tem se manifestado nas pesquisas de opinião. Até o momento.
E o STF continua a dar sua colaboração, mantendo na geladeira duas grandes questões que vão ao coração do golpe: a decisão sobre o mérito do pedido de impeachment (encomendado pelo PSDB a 'juristas' tucanos) e a decisão sobre a prisão em segunda instância.
Nossa democracia segue sequestrada e a esperança presa em uma masmorra.
Blog O Calçadão
E o STF continua a dar sua colaboração, mantendo na geladeira duas grandes questões que vão ao coração do golpe: a decisão sobre o mérito do pedido de impeachment (encomendado pelo PSDB a 'juristas' tucanos) e a decisão sobre a prisão em segunda instância.
Nossa democracia segue sequestrada e a esperança presa em uma masmorra.
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