MST doou em torno de 1,5 tonelada de alimentos saudáveis, fruto da reforma agrária em seus assentamentos e acampamentos. Fotos: Fililpe Augusto Peres |
Nesta segunda-feira (7), Dia da Independência, com o tema “Vida em Primeiro Lugar” e o lema “Este sistema não vale: lutamos por justiça, direitos e liberdade”, aconteceu mais uma edição do Grito dos Excluídos e das Excluídas, manifestação que serve de ponto dissonante ao “Grito da Independência”, exigindo a garantia e a retomada de direitos da população vulnerável como trabalhadores, negros, camponeses, mulheres, LGBTs entre outros.
Entendendo que a população vulnerável pode ser agente de sua própria libertação, substituindo a ideia de caridade pela de solidariedade, mediante a luta coletiva de trabalhadoras e trabalhadores, o MST Ribeirão Preto realizou mais uma ação solidária no bairro Vila Reis, localizado no município de Jardinópolis/SP. Em torno de 1500 quilos de alimentos saudáveis, produzidos no modo agroflorestal, sem a utilização de agrotóxicos, fruto da luta por e pela reforma agrária foram doados à população daquela região, atendendo cerca de 250 famílias que foram ao local receber as cestas agroecológicas.
Cerca de 250 famílias foram beneficiadas com alimentos saudáveis. |
Rodrigo Abadia, líder comunitário do bairro Vila Reis ressaltou a importância destes ato de solidariedade realizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
“Queria agradecer ao MST. Estamos aqui matando a fome do povo. É muito importante o Grito dos Excluídos, pois os excluídos somos nós. (Nós) enfrentamos uma pandemia e ao mesmo tempo, o desemprego com a nossa população deixada ao léu, às traças.”
Bia, militante do MST e acampada no Acampamento Campo e Cidade Paulo Botelho, no município de Jardinópolis reforçou a importância de se levar os alimentos da Reforma Agrária Popular à população, pois além de alimentar o corpo, as entregas mostram o fruto da luta de trabalhadoras e trabalhadores por um mundo mais justo, menos desigual.
Em Jardinópolis, o ato serviu para lembrar o protesto dos camponeses ao veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao projeto que levou a criação da Lei 14.048/2020, que ajudaria milhares de camponeses em todo o país.
Camponeses e agricultores familiares lutam para que caia o veto do Presidente Bolsonaro à Lei 14.048/2020. |
Com o lema "Em casa sim, caladas nunca!", no local também aconteceu a panfletagem de divulgação à população sobre a Rede de Combate à Violência Doméstica do MST São Paulo e a importância de discar o 180. De acordo com relatório publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a violência doméstica aumentou 45% durante a pandemia.
No final, Artur Cunha, militante do MST pelo setor de Juventude e estudante do Curso Técnico de Agroecologia presenteou Rodrigo Abadia com livros da Editora Expressão Popular. Durante a sua fala, Artur reforçou a importância de se estudar obras que dialoguem com as necessidades mais objetivas e concretas das classes populares.
Em todo o país, além a CNBB, o 26º Grito dos Excluidos conta com a participação das frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo, pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pela União dos Movimentos por Moradia (UMM), pela Central dos Movimentos Populares (CMP), pela Central Única dos Trabalhadores e pelo Comitê Lula Livre.
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