Representantes da comunidade Cidade Locomotiva conversam com Edson Ortega e assessor durante a reunião. Fotos: Filipe Augusto Peres |
Reunião tratou de problemas estruturais que impactam diretamente a vida das 360 famílias que viram a situação de precarização da vida se acentuar nos últimos dois anos e piorar consideravelmente durante a pandemia.
A União dos Movimentos de Moradia recebeu nesta quinta-feira (17), na comunidade Cidade Locomotiva, Zona Norte, o Secretário de Planejamento e Gestão Pública de Ribeirão Preto, Edsom Ortega Marques. A pauta da conversa foi a falta d’água e a regularização fundiária da área.
Juscilene
Sena, Coordenadora Geral da comunidade Cidade Locomotiva e integrante do
Conselho Municipal de Moradia Popular relatou a Ortega a dificuldade que a
população tem passado dentro da Locomotiva durante a pandemia.
“Falamos da alimentação, também, do desemprego durante a pandemia e do preço dos alimentos que estão muito caros. Ele ficou de fazer um segundo levantamento junto à Assistência Social para ver uma nova arrecadação aos moradores”.
Em relação a falta sistemática de água, foi tirado durante a reunião que monitoramentos devem ser feitos, na região para verificar a distribuição da água através de manobra de registro..
Outro
ponto levantado durante a reunião foi a regularização fundiária da comunidade Cidade
Locomotiva, uma vez que a área é considerada de risco, sujeita a alagamento. De
acordo com Mauro Freitas, Coordenador da UMM de Ribeirão e Região, estudos
foram realizados para indicar uma solução definitiva mas esta é muito cara, orçada
em mais de R$23 milhões. Porém, de acordo com Freitas há uma solução alternativa ao estudo técnico
realizado faz dois anos.
“A gente está em entendimento com a Faculdade de Engenharia de São Carlos para ver uma solução alternativa, onde a bacia de contenção não seria feita dentro da comunidade mas ao lado, no pátio desativado da rodovia”.
Durante a reunião, Mauro Freitas e Juscilene Sena cobraram ações do poder público. |
Mauro Freitas
ressaltou que para o projeto sair do papel é necessário um entendimento entre a
prefeitura, com a concessionária da Ferrovia (FCA) e com a União, uma vez que a
ocupação está localizada sobre área federal.
“Depende de uma negociação conjunta e nós iremos tentar fazer este entendimento”.
Durante a reunião, Ortega disse que a Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto possui um estudo hidrológico sobre o tema. Entretanto, tal estudo é desconhecido pela União dos Movimentos de Moradia. Por este motivo, uma nova reunião será marcada para apresentar este estudo.
Enquanto
a obra definitiva não acontece, ficou acordado que a prefeitura irá realizar um
estudo de limpeza dos canais de água pluvial que cortam a comunidade da Cidade
Locomotiva, amenizando um pouco o sofrimento das 360 famílias que vivem no
local.
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