Chegamos na metade de 2025, na antessala de completarmos uma década do golpe neoliberal de 2016.
De lá pra cá, houve um avanço do projeto privatista dos direitos sociais e da destruição dos direitos trabalhistas. Houve a aniquilação do chamado "centro democrático", responsável pelo golpe de 2016, e sua substituição pela extrema-direita protofascista e pelo Centrão fisiológico. Houve a prisão política de Lula e a tentativa de destruição do PT e das esquerdas. Houve a volta por cima de Lula e o desmascarar de Sérgio Moro, um funcionário do projeto anti-nacional gestado com apoio da mídia. E houve a eleição de 2022, quando Lula venceu com uma pauta de defesa da democracia contra o projeto golpista e anti-democrático de Bolsonaro.
Mas, e agora? Uma década após o golpe de 2016 e o Brasil segue na encruzilhada, com uma seta apontando para um projeto de desenvolvimento de caráter popular e outra apontando para o retrocesso do neoliberalismo de caráter autoritário. Lula vs extrema-direita (Tarcísio, Michele...?).
Contra Tarcísio, teremos um agravante: a mídia vai apoiar Tarcísio em nome do projeto privatista. Contra Tarcísio, não poderemos usar a narrativa da defesa da democracia. Teremos de recompor a narrativa de projeto de país e conseguir conquistar corações e mentes.
Não será fácil, como nunca foi fácil. Mas 2026, o ano do decálogo do golpe, o Brasil tomará a decisão política que vai definir suas próximas décadas.
Ricardo Jimenez é professor e editor do Blog O Calçadão
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