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domingo, 15 de junho de 2025

A batalha eleitoral de 2026 - por Ricardo Jimenez


Chegamos na metade de 2025, na antessala de completarmos uma década do golpe neoliberal de 2016. 

De lá pra cá, houve um avanço do projeto privatista dos direitos sociais e da destruição dos direitos trabalhistas. Houve a aniquilação do chamado "centro democrático", responsável pelo golpe de 2016, e sua substituição pela extrema-direita protofascista e pelo Centrão fisiológico. Houve a prisão política de Lula e a tentativa de destruição do PT e das esquerdas. Houve a volta por cima de Lula e o desmascarar de Sérgio Moro, um funcionário do projeto anti-nacional gestado com apoio da mídia. E houve a eleição de 2022, quando Lula venceu com uma pauta de defesa da democracia contra o projeto golpista e anti-democrático de Bolsonaro. 

Mas, e agora? Uma década após o golpe de 2016 e o Brasil segue na encruzilhada, com uma seta apontando para um projeto de desenvolvimento de caráter popular e outra apontando para o retrocesso do neoliberalismo de caráter autoritário. Lula vs extrema-direita (Tarcísio, Michele...?). 

Contra Tarcísio, teremos um agravante: a mídia vai apoiar Tarcísio em nome do projeto privatista. Contra Tarcísio, não poderemos usar a narrativa da defesa da democracia. Teremos de recompor a narrativa de projeto de país e conseguir conquistar corações e mentes. 

Não será fácil, como nunca foi fácil. Mas 2026, o ano do decálogo do golpe, o Brasil tomará a decisão política que vai definir suas próximas décadas.


Ricardo Jimenez é professor e editor do Blog O Calçadão 


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