quarta-feira, 12 de julho de 2017
Condenação de Lula: relógio político de Moro funciona de novo!
Já era certo que Moro iria condenar Lula.
Moro não agiu como juiz no caso de Lula. Agiu como acusador e já tinha sua decisão tomada antes mesmo de ouvir a defesa.
Provas para quê?
Porém, além da seletividade e do partidarismo de Moro, há o seu preciso relógio político, sempre acionado no momento certo.
Foi assim em cada atitude tomada por ele ao longo do tempo: vazamento para uma capa de revista na véspera da eleição de 2014 prejudicando Dilma, condução coercitiva ilegal de Lula para turbinar manifestações pró-impeachment, vazamento de conversa da Presidente da República para barrar a nomeação de Lula ao ministério e por aí vai.
É assim agora, quando aguardou o momento certo para anunciar aquilo que todos já sabiam: a condenação de Lula sem provas, apenas por 'delações' e convicções políticas.
O faz um dia depois de o Senado acabar com a CLT e no dia em que a Câmara começa a discutir a aceitação ou não da denúncia contra Temer. E o faz com o claro objetivo de retirar Lula da vida política.
Enquanto isso, outras figuras políticas, acusadas com provas substanciais, permanecem livres.
Aliás, o juiz de Curitiba deu várias mostras de não se preocupar nem um tiquinho com as corrupções do PMDB e do PSDB. Nada sobre isso 'vem ao caso', nem mesmo as perguntas que Cunha formulou a Temer e que já apontavam toda a lama confirmada pela delação e gravações do dono da JBS ao MPF.
É preciso defender Lula, não só por ser Lula um patrimônio do Brasil, do povo brasileiro e um líder de grandeza internacional, mas porque aceitar que Lula seja condenado sem provas é aceitar o fim do Estado Democrático de Direito e abrir um grave precedente para que outros também sejam perseguidos e condenados sem provas.
Lula precisa ser inocentado na segunda instância para o bem da democracia e essa infâmia proferida por Moro no dia de hoje precisa ser denunciada e repudiada com força.
Ricardo Jimenez
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